Com revisões positivas para milho e soja, em março, previsão da safra baiana de grãos de 2021 é apenas 0,5% menor que recorde de 2020

A terceira estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2021, prevê, em março, que a produção deve chegar a 10.013.036 toneladas neste ano. Com isso, a previsão para este ano se aproxima do recorde de 2020 (10.063.245 toneladas), ficando apenas 0,5% abaixo do resultado do ano anterior.

A previsão de março cresceu 2,8% frente à de fevereiro, quando a estimativa era de uma safra de 9.741.386 toneladas de grãos em 2021, no estado. 

A principal razão para esse crescimento de um mês para o outro se deu por conta das revisões positivas do milho (1ª safra) e da soja.

De fevereiro para março, a previsão da safra do milho (1ª safra) em 2021 cresceu 12,1% ou 200 mil toneladas, chegando a 1.850.000 toneladas. Este número é 2,8% maior que a safra 2020 do produto (1.800.200 toneladas).

Com a área plantada permanecendo a mesma entre os dois meses (385 mil hectares), o aumento da previsão se dá por conta da crescimento no rendimento médio, que passou de 4.286 para 4.805 kg por hectare.

Já a estimativa de produção de soja apresentou crescimento de 1,2% frente ao mês anterior, de 6.450.680 de toneladas em fevereiro para 6.530.400 em março (aumento de 79.720 toneladas). Frente a 2020, o crescimento é de 7,6%. A safra do ano passado havia sido de 6.070.000 toneladas.

O maior aumento percentual apresentado entre fevereiro e março foi o da produção de mamona, cuja previsão cresceu 13,8%, chegando a 33 mil toneladas (4 mil a mais que no mês anterior). Por outro lado, a previsão do feijão 1ª safra foi a única a apresentar queda no período, caindo de 115 mil para 103 mil toneladas, em uma retração de 10,5%.

Em nível nacional, a estimativa de março para a safra de grãos 2021 é, mais um vez, de um novo recorde na série histórica do IBGE. Neste ano, a safra brasileira deve chegar a 264,9 milhões de toneladas, 4,2% maior que a do ano passado (que foi de 254,1 milhões de toneladas). Frente à previsão de fevereiro (263,1 milhões de toneladas), houve revisão positiva de 0,7%.

A partir das informações desta terceira estimativa, a Bahia seguirá tendo, em 2021, a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 27,2% do total, seguido por Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (13,3%). 

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Estimativa em março é que 13 das 25 safras de produtos investigados na Bahia sejam maiores em 2021

A previsão de março é que, em 2021, 13 das 25 safras de produtos investigadas pelo LSPA na Bahia sejam maiores que as de 2020. Em fevereiro, a previsão era de incremento em 12 safras, mas a revisão positiva do milho (1ª safra) fez com que a sua estimativa ficasse maior que a de 2020.

Frente a 2020, as produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de soja (+460.400 toneladas ou +7,6%), cana de açúcar (+300.000 toneladas ou +5,8%) e laranja (+101.301 toneladas ou +16,0%).

Por outro lado, algodão herbáceo (-273.000 toneladas ou -18,5%), milho 2ª safra (-250.000 toneladas ou -31,3%) e feijão 2ª safra (-58.000 toneladas ou -37,6%) lideram as quedas absolutas de produção, nesta segunda estimativa. *IBGE

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