Dia do Consumo Consciente: Conheça empresas que drenaram estoques e ampliaram suas ações sustentáveis

Dia do Consumo Consciente: Conheça empresas que drenaram estoques e ampliaram suas ações sustentáveis
Celebrada nesta terça-feira (15), data amplia necessidade de rever negócios em diversos segmentos. No Brasil, empresas investem em recommerce para diminuir estoques, gerar menos lixo e obter receita incremental milionária Gabriel Novais (esq) e Rafael Papa (dir) comandam startup focada em soluções de re-commerce, a Loopify (Crédito: Divulgação)
Você sabia que, nos últimos anos, 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartados, de acordo com dados da Global Fashion Agenda (2023), e que, neste ritmo, nos próximos oito anos o número deve aumentar em 60%? E que é mais barato mandar aos lixões do que ter uma alternativa reversa? Tendo em vista as mudanças climáticas, celebra-se, nesta terça-feira (15), o Dia do Consumo Consciente, de modo a ampliar o conhecimento da população sobre a necessidade urgente de cobrar posicionamento sustentável em todos os segmentos de mercado visando a um mundo melhor. Neste sentido, o País já tem diversos players ‘mudando o jogo’. 

Impulsionado pela Geração Z, o re-commerce (reverse commerce) é um modelo que se refere à compra e venda de produtos e serviços usados, recondicionados, com pequenas avarias ou ponta de estoque e deve movimentar até 380 bilhões de dólares em 2028, de acordo com a ThredUp. Há poucos meses, a startup Loopify recebeu aporte de R$4 milhões da Hiker Ventures para impulsionar essa plataforma no Brasil.

Por exemplo, ela é responsável por toda a cadeia de operação reversa, de modo a diminuir o estoque parado de grandes marcas e garantir ‘nova história’ aos produtos. 
Recentemente, a Aramis comercializou mais de 1.500 itens de estoque que seriam descartados, pois apresentavam pequenas imperfeições, em apenas 15 dias graças à triagem da Loopify e canais corretos de venda, de modo a gerar até receita incremental à marca. A Bayard Esportes lançou, em agosto, o ‘Bayard Replay’, para adquirir e vender produtos de segunda mão, assim como fazer doações para ONGs. Uma camisa oficial e original do Palmeiras, na versão infantil, custa R$30. 

“O mercado de produtos usados, recondicionados e com pequenas avarias é uma das mais promissoras fontes de receita na atualidade para as marcas. Elas conseguem dar uma nova história para itens de grande qualidade, o preço é mais baixo, toda a jornada de compra é alinhada às melhores práticas de sustentabilidade e atende a uma demanda gigantesca de um público específico, que ainda carece de confiança e curadoria consciente. O consumo consciente, invariavelmente, passará por este modelo de negócio”, afirma Gabriel Novais, co-founder da Loopify. 

Outros exemplos no Brasil, em diversas categorias, são Magalu com a Trocafone; a Polar, com a venda de ‘openbox’; e a Deuter e NTK, no ambiente de esportes outdoor, que possuem os seus ‘brechós’ online. Por sinal, esta última recondiciona fogareiros e barracas de dormir, de modo a obter R$100 mil por mês de receita só com esses itens de segunda mão. Já a Polar, via marketplace Semexe, comercializa relógios em perfeito estado, mas com a embalagem avariada, com até 30% de desconto e a mesma garantia dos demais produtos. 

No âmbito global, a Philips, em junho, ainda foi condecorada com um prêmio em Cannes ao promover produtos recondicionados como uma alternativa superior e sustentável. Foram 52 mil produtos vendidos e 185 toneladas de ‘e-lixo’ evitados, com 277 toneladas de redução de emissões de CO2.  

Edu Novais

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