Treinador acusado de abuso sexual é banido definitivamente da ginástica

por Folhapress

O ex-treinador da seleção brasileira de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes foi banido definitivamente da modalidade pela acusação de abuso sexual e assédio moral a atletas quando era técnico do Mesc, clube de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

A decisão, em segunda instância, foi tomada neste domingo (31) pelo pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

“A pena do banimento foi baseada no código de conduta e estatutos da FIG (Federação Internacional de Ginástica), e com aplicação também de penas máximas por quatro vezes (uma em relação a cada atleta vítima denunciante) em cada artigo da denúncia já realizada pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva”, disse a CBG, em nota oficial.

O tribunal determinou que a decisão fosse comunicada para a Federação Internacional de Ginástica e ao Comitê Olímpico Internacional.

O STJD é a última instância da Justiça desportiva brasileira. Fernando de Carvalho ainda pode recorrer da decisão no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), na Suíça, ou entrar com ação na Justiça comum.

As primeiras acusações contra Fernando de Carvalho apareceram em julho de 2016, às vésperas da disputa dos Jogos Olímpicos do Rio, quando o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar denúncia feita por um atleta menor de idade que treinava com Fernando. Na época, o técnico trabalhava com Diego Hypólito, que nos Jogos conquistaria uma prata no solo. O treinador foi prontamente afastado pela confederação.

No dia 29 de abril de 2018, uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, deu voz às acusações de mais de 40 atletas e ex-atletas que afirmaram terem sido vítimas de abuso por Fernando. Após a reportagem, o Mesc também decidiu afastá-lo do trabalho.

O ex-treinador sempre se declarou inocente das acusações de abuso sexual. Convocado a depor na CPI dos Maus-Tratos, no Senado Federal, ele disse que acreditava que as denúncias haviam sido feitas por vingança.

 Foto: reprodução

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