Tratar varizes é questão de saúde e não apenas estética, alerta especialista

Crédito: Cristiana Nery

Campanha Agosto Azul e Vermelho chama atenção para os cuidados com as varizes, trombose, pé diabético e demais doenças vasculares

As varizes, muitas vezes vistas como um problema estético, são, na verdade, uma condição de saúde que, se não tratada corretamente, pode trazer sérias complicações e prejudicar a rotina dos pacientes. O alerta é do Dr. Marcelo Gomes, angiologista, cirurgião vascular e diretor da Clínica Angiovascular da Bahia, que reforça ainda a importância de encarar o tratamento como uma forma de preservar a qualidade de vida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 38% da população brasileira têm varizes, que são veias dilatadas, tortuosas e alongadas. “Em geral, as varizes deixam o local escurecido, por isso o aspecto estético acaba motivando mais a busca por tratamento, em especial em pacientes mulheres que se incomodam com o visual, mas o problema pode indicar algo mais complexo, como comprometimento na circulação do sangue, e trazer sintomas bem desagradáveis, como dores, desconforto e sensação de cansaço nas pernas”. alerta o especialista.  

O problema é ainda mais frequente em pessoas que passam longos períodos em pé, como profissionais de saúde, comércio e serviços, ou em quem permanece muito tempo sentado, como motoristas. “Nesses casos, o risco de desenvolver ou agravar as varizes aumenta significativamente. Além de aspectos relacionados ao estilo de vida, fatores como hereditariedade, sobrepeso e tabagismo aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver o problema”, alerta Dr. Marcelo Gomes.

Entre as medidas preventivas, o médico recomenda a prática regular de atividade física, beber bastante água e evitar permanecer muito tempo na mesma posição. Além disso, consultas periódicas com angiologista e a realização do exame de Doppler vascular são fundamentais para o diagnóstico precoce e definição do tratamento adequado.

“A depender do caso, podemos recomendar estratégias simples, como uso das meias compressivas, mas, para outros pacientes a indicação é de tratamentos mais específicos, que vão desde escleroterapia e cirurgias convencionais, até técnicas mais modernas, como o endolaser, que possibilita retorno mais rápido às atividades e menos hematomas como possíveis vantagens”, finaliza Dr. Marcelo Gomes.

Crédito: Cristiana Nery

*Cristiana Nery

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