Saiba quando a dor de cabeça pode ser sinal de problema odontológico

Foto:  wavebreakmedia_micro

Especialista da Anhanguera explica consequências da mastigação incorreta


Ocasionada por estresse, sono irregular, alimentação inadequada, infecções e diversos outros fatores, a dor de cabeça é frequente na vida de muitas pessoas. Entretanto, apesar de menos associado, o incômodo também pode ser originado por problemas odontológicos. Estalos no ouvido ao abrir e fechar a boca e dores frequentes na articulação da mandíbula, além da cefaleia, podem ser indícios do Distúrbio da Articulação Temporomandibular (DTM) ou mordida errada. Este mecanismo funciona como uma comunicação entre a mandíbula e o crânio, responsável pelos movimentos da boca e da face; quando há desequilíbrio neste sistema ocorre a DTM.


“A mordida considerada normal é aquela em que os dentes, músculos e articulações faciais se movimentam em simetria, sem que um afete o funcionamento do outro. Esta harmonia ocorre sem alterar a fala, respiração, mastigação e deglutição”, explica a dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Anhanguera, Thamyris Domingos. Esta má oclusão é uma decorrência do mau desenvolvimento dessas estruturas.


Thamyris explica que diversos fatores costumam ocasionar esta condição. “As causas variam bastante e precisam ser investigadas em consultório, mas geralmente observamos as questões hereditárias, bruxismo (o hábito de ranger os dentes, geralmente à noite), estresse e ansiedade, próteses e restaurações inadequadas, mau alinhamento dos dentes, respiração pela boca e o hábito de usar chupeta”, afirma a docente.


Quando a pessoa desconfia sofrer de DTM ou apresenta alguns dos sintomas típicos do problema, o dentista é o profissional mais indicado para fazer a primeira avaliação e encaminhar para o tratamento adequado que pode ser realizado de diferentes maneiras. “Há diversas abordagens, como odontológica, fisioterápica e também psicológica, quando há envolvimento de questões emocionais que levam ao vício de pressionar os dentes, por exemplo”, orienta Thamyris.


A coordenadora da Anhanguera recomenda que o processo seja multidisciplinar. “O cirurgião dentista deve comandar o tratamento, mas sempre que necessário outros profissionais devem participar. Há, inclusive, alterações hormonais que podem influenciar no tratamento. Dependendo das reclamações específicas do paciente, o processo pode incluir psicólogo, fonoaudiólogos, endocrinologistas e até mesmo neurologistas” conclui.

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