Roger vê jogo sofrido, explica time titular e exalta título: “Veio para atenuar um pouco tristeza”

O Bahia foi buscar o empate contra o Atlético de Alagoinhas no tempo regulamentar e, na disputa por pênaltis, chegou ao tricampeonato do Campeonato Baiano, na tarde deste sábado, em Pituaçu. Para ficar com o título, o Tricolor contou com a estrela do meia Daniel, que entrou no segundo tempo e fez o gol de empate, e do goleiro Douglas, responsável por defender o último pênalti do Carcará

Na entrevista após a partida, o técnico Roger Machado avaliou que o jogo foi sofrido, mas o título ajuda a atenuar tristeza pelo vice-campeonato da Copa do Nordeste. O treinador comentou sobre o futuro no comando do time.

– É uma conquista importante. Todos nós sabíamos da responsabilidade da conquista do título. Tenho plena consciência que se houvesse o revés, assim como aconteceu na Copa do Nordeste, seria difícil a permanência. Porém a diretoria sempre me passou a confiança com relação à continuidade do trabalho. Mas a gente sabe que pressionado, muitas vezes, a diretoria precisa tomar uma decisão contrária à que imaginava. Mas essa conquista veio para atenuar um pouco a tristeza do insucesso na Copa do Nordeste. Não é toda hora que se ganha um tricampeonato estadual. A gente sabe que no outro momento que isso aconteceu, foi no ano que o clube se sagrou campeão brasileiro e em um campeonato como esse, que começou em um ano e acabou no outro. Foi sofrido, mas penalidades, num jogo em que o adversário valorizou muito nossa conquista. E em uma grande noite do goleiro Douglas – disse Roger.

Roger em jogo deste sábado — Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/E.C.Bahia

Roger em jogo deste sábado — Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/E.C.Bahia

No jogo deste sábado, o treinador explicou a ideia por utilizar o time principal e não os reservas, como aconteceu nas partidas anteriores. Roger também citou a importância do técnico citou a contribuição de Dado Cavalcanti, que comandou o Bahia no Baianão no início do ano.

– A gente reuniu estratégia de ter os jogadores mais descansados, pegar os jogadores no melhor momento, do ponto de vista dos jogadores que jogaram na terça, o adversário teve um dia a menos de descanso.

– Importante agradecer ao Dado Cavalcanti e sua comissão que fizeram parte dessa campanha. Vocês também são campeões. Os meninos que fizeram parte dos primeiros jogos e não estiveram na decisão, esse é um processo que faz parte da maturidade do atleta – completou.

Campeão, o Bahia concentra agora as energia no Campeonato Brasileiro quando, na próxima quarta-feira, enfrenta o Coritiba, em Pituaçu, às 20h30.

– A gente tem que contextualizar um pouco. Foram 17 dias e 11 jogos. A gente está acabando essa maratona completamente extenuado e daqui a alguns dias já tem o Brasileiro pela frente. Claro que iniciamos a retomada da pandemia com um bom jogo. A sequência foi nos tirando energia e descanso. Não é ar justificativa dos insucessos e do baixo rendimento. Acho que a gente poderia ter rendido mais. Jogamos contra equipes que nos negam espaço. Quando a gente, por vezes, não tem os melhores nas melhores noites, todo o time vai sofrer. A gente vai ajustar para render mais, como o torcedor espera.

Confira outros trechos da entrevista de Roger Machado:

Rendimento abaixo de Clayson
– O Clayson, todos nós sabemos o potencial e o que ele pode nos oferecer. Não desisto fácil dos atletas, até porque esse grupo foi formado e eu não posso tirar a confiança de um atleta permitindo que ele se recupere dentro de campo para oferecer o que de melhor ele pode fazer. Hoje ele entrou bem. Penso que a mudança de lado pode ajudá-lo. Clayson é um jogador de vitória pessoal. Ele não tem conseguido muito em alguns momentos. É um jogador importante e a gente conta muito com ele.

Campeão em meio à pandemia
– A gente está vivendo uma situação surreal. Fiquei feliz com a conquista, mas não consigo ficar plenamente feliz porque estamos chegando no início do Brasileiro com 100 mil mortes. Manifestei que não havia espaço para a retomada das competições com o cenário que a gente vê. O retorno cumpriu seu objetivo, mas num calendário apertado como o nosso, de novo, fazer 11 jogos em 17 dias nunca mais deve acontecer para o bem do futebol brasileiro.

Campeonato Brasileiro
– Estaduais embora cumpram papel importante por manter times do interior na disputa de um título importante, não são com a mesma dinâmica dos jogos na Série A. O que a gente espera, com o descanso devido e os ajustes, começar bem o Brasileiro. *GE

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