Roger Machado explica opção por Gregore na zaga do Bahia e vê título merecido do Ceará


O Bahia entrou em campo na noite desta terça-feira com a difícil missão de vencer o Ceará por pelo menos dois gols de vantagem para levar a decisão da Copa do Nordeste para os pênaltis. Porém, encaixotado por um adversário bem posicionado, o Tricolor sequer conseguiu balançar as redes e foi derrotado pelo Ceará pelo placar de 1 a 0, no estádio de Pituaçu, em Salvador.

Para tentar deixar o time mais ofensivo, Roger tirou Lucas Fonseca no intervalo e colocou Clayson em campo, o que deixou o Bahia com quatro atacantes, além do meia Rodriguinho, na partida. Para recompor o sistema defensivo, o treinador optou por recuar Gregore para atuar ao lado de Juninho. Ele afirmou que a estratégia visava dar mais agressividade ao time, ao mesmo tempo em que teria mais qualidade na saída de bola da defesa para o ataque.

– Justamente para que a gente pudesse fazer uma mexida sem trocar um zagueiro por outro. Justamente para deixar o time mais solto, puxando o Gregore para trás, para ter uma saída de bola também, já que ele é um volante de origem e sabe jogar dentro do campo adversário, à medida que a gente imaginava que o Ceará faria o que fez, se fechar bem e nos dar a bola para trabalhar por trás da linha de defesa deles – explicou.

Outra razão para recuar o volante foi minimizar os riscos com os contragolpes do Ceará. Porém, o gol alvinegro surgiu justamente de um contra-ataque que parou nos pés de Cléber, na pequena área tricolor.

– Como eu soltei o time, deixando só um volante, eu queria a velocidade do Gregore, justamente em função dos contra-ataques que o adversário ia procurar. Nós tivemos volume de jogo, poucas oportunidades, em função da defesa bem fechada. Um segundo tempo em que nós sofremos um pouco, evidente, por ter se aberto um pouco para tentar buscar os gols que precisávamos. Porém, não foi possível acontecer.

O Bahia já havia perdido a partida de ida da final, disputada no último sábado, pelo placar de 3 a 1. No agregado, portanto, o Ceará venceu a decisão por 4 a 1. Para Roger, o resultado é exagerado, mas o título foi parar merecidamente nas mãos do Alvinegro.

– É uma final de campeonato com dois times de Série A, que chegaram à final da competição por mérito. Pelas suas campanhas nas etapas anteriores. Perder uma final nunca é bom, ainda mais para um adversário do mesmo nível. Evidente que, non placar agregado, pareceu haver uma superioridade, em função do placar, porém, foram dois jogos decisivos, em que prevaleceu quem cometeu menos erros e, merecidamente, o adversário se tornou campeão.

Roger Machado espera que a derrota desta terça-feira possa servir de lição para o decorrer da temporada. O Bahia ainda tem pela frente a final do Campeonato Baiano, a Série A do Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana.

– Sempre o time pode render mais. Nós retornamos dessa pandemia contra o Náutico, numa atuação de altíssimo nível, em que todo mundo estava gostando e fazendo quatro gols. Porém, à medida que a competição vai evoluindo, nestas fases mais decisivas, times mais bem posicionados, bem postados defensivamente, justamente para bloquear o nosso time mais técnico. A gente encontrou espaços, mas não o suficiente para transformá-las em oportunidades claras de gol. O que rever do trabalho, é analisar justamente, criar alternativas para que, contra times fechados, com o time técnico que a gente tem, a gente consiga solucionar os problemas que acontecem dentro de campo. *GE

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

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