Roger esconde time para Ba-Vi e lamenta eliminação da Copa do Brasil: “Aprender lições”

Em semana de Ba-Vi, os técnicos de Bahia e Vitória costumam ser bombardeados com questões que envolvem o clássico. Porém, o técnico Roger Machado precisou dividir a temática da partida contra o Rubro-Negro com outra questão na coletiva concedida na tarde desta sexta-feira, no Centro de Treinamento Evaristo de Macedo.

Dois dias após ser derrotado pelo River-PI, em Teresina, o treinador tricolor voltou a dar explicações sobre a eliminação precoce na Copa do Brasil. A pressão sobre o cargo foi um dos assuntos levantados durante a entrevista. O treinador assumiu que existe a cobrança por uma recuperação imediata diante do Vitória, mas ponderou que não pode passar isso para o grupo, que precisa de tranquilidade para ter bom rendimento e conquistar um bom resultado neste sábado, às 18h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em clássico válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste.

– Pressão aumenta, mas a necessidade de resultados continua a mesma. O treinador que não vence gera instabilidade, a pressão aumenta. Se sentir pressionado é outra questão. O ambiente pressionando o trabalho é uma coisa. Agora o comandante, a liderança, os atletas, podem levar para campo ou não. Gostaria que a gente não levasse essa pressão para campo, assim como procuro não levar. Administro da melhor forma possível o evento, a eliminação, depois de muitas Copas do Brasil que o clube não saia de forma precoce. Saber que é algo que não deveria acontecer, mas pode acontecer, faz parte do contexto desportivo. O que temos que fazer é aprender lições. O ambiente vai pressionar pela eliminação. Assim como quando se faz coisas boas tem elogios, quando não se faz se é cobrado pelos resultados e a pressão do ambiente vai aumentar. Se sentir pressionado é uma opção que desejo não levar para a beira do campo para não transmitir para os atletas, para que eles tenham naturalidade para atuar da melhor forma.

Assim como Geninho, Roger optou por não revelar a escalação para o clássico. Ele também lamentou o curto tempo de preparação para a partida. O Bahia desembarcou de Teresina na última quinta-feira e teve apenas o treino desta sexta-feira como preparação para o Ba-Vi.

– Primeiro que não teremos tempo para trabalhar. Nosso adversário teve uma semana mais tranquila com relação ao tempo para organizar. O desempenho foi bom, o resultado foi péssimo. Então tem que avaliar com muito critério. Em função da eliminação entender que está tudo errado e precisa de mudança. Temos que ter calma com relação a isso para não pessoalizar uma eliminação precoce em função de um jogo que não aconteceu como a gente queria, o final dele. Assim como Geninho, me reservo o direito de guardar algumas surpresas para o jogo. Faz parte do elemento do clássico, um pouco de surpresa. Para não revelar estratégia, uma possível mudança. A gente entra no clássico para vencer esse compromisso.

O clássico deste sábado será o primeiro de Roger Machado no comando do Bahia. O treinador terá a missão de prolongar um tabu que já dura pouco mais de três anos. A última vez que o Tricolor saiu derrotado em um Ba-Vi foi em 2017. Desde então, foram 12 disputados 12 clássicos, com seis triunfos e seis empates.

Já pressionado pelo resultado ruim na Copa do Brasil, Roger espera que o tabu não jogue outra carga negativa para o Bahia neste fim de semana.

– Tabus foram construídos ao longo do tempo. Na minha vivência, como, além de desportiva, treinador. Passei por muitos clássicos. Já passei pelo Grenal, Corinthians x Palmeiras, Atlético-MG x Cruzeiro, Fluminense x Flamengo, Caju, que é Caxias e Juventude, e cada clássico conta sua história, seu elemento cultural envolvido, ligado intimamente a esse jogo. O que a gente seja é ter esse triunfo frente ao nosso adversário tradicional e manter essa escrita. Não que ela nos force a entrar em campo e manter. Jogar com essa prerrogativa e pressionado por essa questão de aumentar ou de não perder o clássico, que já vem, se não me engano, há 12 jogos. Só vai jogar um peso desnecessário. Nós queremos um triunfo. Vamos respeitar muito nosso adversário. Que a disputa fique dentro de campo. Também sei que, em outros clássicos, muitas vezes o externo se sobrepôs ao que aconteceu dentro de campo. Como a gente tem esse espetáculo, nós temos a responsabilidade também com a segurança desse evento e fazer dele um grande jogo de campo. Que o triunfo seja conquistado pelo melhor, e que esse melhor possa ser a gente.

O Bahia deve ter força máxima para a partida contra o Vitória. A tendência é que Roger Machado monte o Tricolor com Douglas Friedrich; João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Flávio e Daniel; Clayson, Élber e Gilberto. *GE

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