Pior versão do Bahia aparece pouco, mas é decisiva na derrota para o Atlético-MG

Diferentes versões do Bahia estiveram na Arena Fonte Nova para enfrentar o Atlético-MG, na noite da última quinta-feira, em jogo atrasado da 32ª rodada do Brasileirão. A pior delas apareceu apenas por cerca seis minutos, mas foi o suficiente para o Tricolor sofrer uma dolorosa virada e perder por 3 a 2. O resultado manteve o Esquadrão na zona de rebaixamento e fez do Galo o campeão brasileiro em 2021.

Se o plano de Guto Ferreira era não deixar o Atlético-MG jogar, ele conseguiu no primeiro tempo. O Galo até começou melhor e conseguiu uma finalização com Keno, mas esteve longe de dominar as ações dentro de campo. O primeiro tempo foi equilibrado na Arena Fonte Nova. Algum desavisado que ligasse a TV sem conhecer as posições do time na tabela nunca iria dizer que se tratava do encontro do líder com o 17º colocado.

E os méritos do Bahia nisso devem ser oferecidos ao sistema defensivo tricolor. A marcação esteve organizada na maior parte do tempo, e poucos espaços foram oferecidos ao time visitante. O torcedor via ali a melhor versão do time, aquela que tem mais a cara de Guto Ferreira.

O único vacilo destacável aconteceu aos 39 minutos, quando Matheus Bahia só assistiu a Nacho receber lançamento pelo lado esquerdo da defesa. O argentino dominou com liberdade, invadiu a área e só não abriu o placar porque Danilo Fernandes fez ótima defesa.

Ainda em relação ao desempenho defensivo, os argentinos Mugni e Conti eram os melhores jogadores de vermelho na Arena Fonte Nova. O meio-campista conseguiu três desarmes no setor, e o zagueiro foi o rei das rebatidas.

Para ter um primeiro tempo melhor, faltou ao Bahia alguma referência ofensiva. O time não teve repertório para atacar o líder do Brasileirão e ainda sofreu com muitos erros de passe no campo de ataque. Rossi, Matheus Bahia e Raí erraram quase tudo que tentaram do meio para frente. Enquanto isso, Rodriguinho e Gilberto pouco apareceram para o jogo.

Bahia e Atlético-MG se enfrentaram na Fonte Nova — Foto: Jhony Pinho/AGIF

Bahia e Atlético-MG se enfrentaram na Fonte Nova — Foto: Jhony Pinho/AGIF

A falta de repertório no ataque do Bahia foi resolvida com ajuda da bola parada. Luiz Otávio subiu mais alto que todo mundo a abriu o placar para o Tricolor aos 16 minutos. Empurrado pela torcida, e pelo próprio bom desempenho, o Esquadrão fez o segundo gol com Gilberto, aos 20.

Dali em diante, o que se viu foi o Bahia desconcentrado e pouco produtivo que tanto irritou o torcedor ao longo da temporada. O time sofreu três gols em seis minutos, jogou no lixo três pontos que pareciam garantidos diante do líder do campeonato e voltou para a zona de rebaixamento.

O primeiro gol veio depois de um pênalti infantil cometido por Luiz Otávio. No segundo, Keno balançou na frente de Conti e Nino Paraíba antes de acertar um bonito chute. E no último, o mesmo Keno recebeu passe e chutou da entrada da área. Uma jogada ensaiada duas vezes no primeiro tempo.

O Bahia agora tem apenas mais dois jogos para tentar garantir a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, mais uma vez na Arena Fonte Nova, o time recebe o Fluminense. Depois, na próxima quinta-feira, o Tricolor vai visitar o Fortaleza na última rodada do Brasileirão. *informações do ge

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