Mensagem via SMS: a porta de entrada para golpistas e fraudes

Créditos de imagens Freepik

Mensagem via SMS: a porta de entrada para golpistas e fraudes

Rede social do usuário de banda desenhada

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Mensagem via SMS: a porta de entrada para golpistas e fraudes

Diferente do e-mail, que conta com sistemas de anti-spam para filtrar mensagens maliciosas, o SMS é um meio mais aberto e vulnerável

Nas últimas semanas, beneficiários do Bolsa Família têm sido alvo de um crescente esquema de fraudes via SMS, com links maliciosos que instalam vírus e comprometem dados e senhas pessoais. Inclusive, o próprio Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) emitiu um alerta sobre esses golpes, que têm afetado famílias em todo o Brasil.

Além do golpe específico direcionado aos beneficiários do Bolsa Família, o canal de SMS tem se mostrado um meio preferido pelos criminosos. Recentemente, os golpistas têm utilizado táticas como o ‘SMS dos Correios’, falsas ofertas de benefícios e golpes relacionados a transações em cartão, todos visando extrair informações sensíveis e realizar fraudes financeiras. 

Diferente do e-mail, que conta com sistemas de anti-spam para filtrar mensagens maliciosas, o SMS é um meio mais aberto e vulnerável. “A proteção oferecida por serviços anti-spam em e-mails ajuda a desviar a maioria das mensagens fraudulentas, mas o SMS ainda é um terreno fértil para golpistas. Isso ocorre porque muitos usuários não têm a mesma cautela com mensagens de texto, acreditando que são mais seguras.” explica Alessandro Fontes, co-fundador do Site Confiável, plataforma gratuita que auxilia consumidores na verificação da confiabilidade de sites.

Os usuários costumam confiar nas mensagens SMS devido à crença de que apenas grandes empresas têm acesso aos envios por meio de “shortcodes” – números curtos utilizados para enviar mensagens em massa. No entanto, esse acesso está agora ao alcance de criminosos, que utilizam essas ferramentas para enganar as vítimas. O uso de shortcodes por golpistas tornou-se mais comum, facilitando a propagação de fraudes.

 Recentemente, diversos golpes têm circulado via SMS, destacando a crescente ameaça desse canal. Entre os mais notórios estão o golpe do falso benefício a receber, o “SMS dos Correios”, o golpe dos pontos e milhas de bancos, o golpe da falsa transação em cartão e até mesmo a multa por acesso ao X via VPN. Esses golpes têm em comum o uso de SMS para realizar ataques de “phishing”. 

O termo “phishing” refere-se a técnicas de fraude em que os golpistas se passam por entidades confiáveis para obter dados sensíveis. No caso dos golpes via SMS, os criminosos frequentemente utilizam links maliciosos para instalar vírus ou redirecionar os usuários para sites falsos.  Para isso, confira como se proteger: 

1- Não abra qualquer link recebido por SMS. O governo ou entidades não condicionarão nenhum benefício a uma ação realizada por meio de um link enviado por SMS.

2- Em caso de dúvida sobre o acesso à sua conta bancária ou sobre a recepção de algum benefício, entre em contato diretamente com as instituições pelos canais oficiais.

3- Utilize plataformas de verificação de links, como www.siteconfiavel.com.br, que ajudam a verificar links suspeitos gratuitamente.

4- Atenção com URLs homográficas: esses são links que parecem levar a sites reais, mas são manipulados para parecerem oficiais e podem ser difíceis de identificar a olho nu. Se tiver dúvidas, evite clicar em qualquer link suspeito.

5- Além de não clicar em links, jamais compartilhe informações recebidas por SMS, como códigos de segurança ou senhas. Isso pode facilitar a invasão de suas redes sociais ou contas bancárias.

“Em um ambiente digital cada vez mais vulnerável, é fundamental que os usuários estejam cientes dos riscos associados aos SMS fraudulentos. Os criminosos estão cada vez  mais sofisticados e adaptando suas táticas para explorar a confiança das pessoas. Mantenha-se informado e sempre verifique a autenticidade das mensagens recebidas para proteger suas informações pessoais e financeiras”, alerta o especialista.

Thais Scarlet

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