Imunoterapia como aliada no tratamento do câncer

 

por Luana Santos

A pesquisa em câncer requer o estudo e desenvolvimento de métodos que tenham grande impacto no tratamento da doença. Importantes avanços, a exemplo da imunoterapia, um tipo de tratamento biológico responsável por potencializar o sistema imunológico. são aliadas no combate a infecções e doenças, como o câncer.

De acordo com a oncologista Dra. Samira Mascarenhas, a imunoterapia no tratamento do câncer representa um avanço que já era desejado entre os especialistas. “Ao estudarmos como o câncer se desenvolve, chegamos a uma conclusão de que, para que ele consiga se desenvolver no corpo humano, é necessário dentre outras coisas que o sistema imunológico apresente falhas”, explica.

Segundo a especialista, foi após essa interpretação que as pesquisas sobre o método passaram a se desenvolver. “Em suma, o sistema imunológico tem o que é necessário para eliminar os tumores e algo acontece na vigilância do sistema imunológico do indivíduo Quando ele não é capaz de eliminar o crescimento de células anômalas. Esse processo de resposta do sistema imune vem sendo estudado há muito tempo, e ele é muito complexo. Porém, em estudos mais recentes  em um percentual de pacientes, a modificação do sistema imunológico leva a grandes respostas, inclusive pacientes com doenças avançadas, apresentando o desaparecimento do tumor”, aponta.

De modo geral, a imunoterapia inclui tratamentos que agem de diversas formas, em receptores diferentes. “O método, nada mais é do que liberar o sistema imunológico ou estimulá-lo para que ele encontre o tumor em seu próprio corpo, utilizando seus próprios artifícios para combatê-lo”, ressalta a oncologista.

De acordo com a especialista, o principal aspecto da imunoterapia é que ela pode ser utilizada no tratamento de diversos tipos de tumor. O método deverá ser um dos principais tratamentos oferecidos à médio e longo prazo. “Hoje acreditamos que até 70% dos tumores terão a indicação da imunoterapia em médio prazo, ou seja, dois ou três anos. Até o momento, todas as pesquisas indicam esta tendência”, afirma.

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