Escova de dentes pode acumular mais de 600 espécies de vírus; dentista dá dicas de como reduzir esses micro-organismos

Ilustração | Freepik

Você sabia que há mais de 600 espécies diferentes de vírus na escova de dentes? O dado é fruto de um estudo liderado por uma microbiologista da Northwestern University. Em Salvador, o dentista e implantodontista Leonardo Carvalho faz um alerta sobre o assunto. “Embora esses micro-organismos, em sua maioria, não sejam tão prejudiciais à saúde, é fundamental haver a troca da escova dentária a cada três meses”, explica.

Dentre os principais motivos da troca, está a redução de eficácia deste item de higiene, que fica desgastado com o passar do tempo. Ou seja, cerdas deformadas, curvadas e desalinhadas acabam atrapalhando a higienização ao redor dos dentes, principalmente nos cantos mais difíceis de serem limpos. “Como a escova é usada para higienizar os dentes, a gengiva e as bochechas, as cerdas, que são úmidas, acabam acumulando vírus e bactérias, potencializando, assim, o surgimento de gengivites e cáries, por exemplo”, detalha Leonardo Carvalho, que também orienta a trocar da escova de dentes após doenças, como gripe, resfriado e dor de garganta. “Mesmo depois do tratamento, usando o mesmo objeto para a limpeza, os germes podem ficar alojados nas cerdas e voltar a agir na boca”, complementa.

Além da troca a cada três meses, o dentista informa que é preciso estar atento à forma como a escova deve ser guardada após a escovação. “Ao terminar de escovar, lave bem as cerdas para remover qualquer tipo de resíduo. Feito isso, deixe-a armazenada em pé para escorrer a água até ficar seca. É importante dizer ainda que a sua escova não deve ficar em contato com outras. Portanto, use um porta-escovas com divisórias. Além disso, outra recomendação é não amassar as cerdas e, caso use capinha, opte por uma com furinhos para não deixar a escova abafada e nem atrapalhar a secagem”, detalha Leonardo Carvalho.

Outras recomendações

A recomendação do dentista é que as pessoas busquem atendimento odontológico a cada seis meses. Além disso, é fundamental praticar a higienização diária e caseira dos dentes. “Elimine a placa bacteriana por meio da escovação adequada e com o uso do fio dental após todas as refeições, faça a limpeza da língua utilizando um raspador para tirar a saburra lingual, utilize cremes dentais fluorados e evite o excesso do açúcar, bebidas alcoólicas e fumo”, conclui Leonardo Carvalho.

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