Descobriu uma traição? Saiba como não deixar que isso te suba a cabeça

Foto: Pixabay

Matar alguém por traição é justificativa?

Amor e ódio: dois grandes coadjuvantes dos crimes passionais. Apesar de sentimentos antagônicos, estão em constante atividade nos relacionamentos amorosos. As vezes penso que aprendemos a amar errado: esse vem  muito mais atrelado à posse, do que a um sentimento genuíno.

Por conta dessa posse, aprendemos que relacionamentos significam prisão, e tudo isso vêm atrelado à outros sentimentos negativos como por exemplo o ciúmes. Dessa forma, mesmo em um clima amoroso, o amor e o ódio se manifestam de forma tão voraz que, com facilidade, podem ser transformados em atos violentos.

Esses atos tornaram-se bastante recorrentes, principalmente quando após descobertos algum caso de traição no relacionamento. O ódio, torna-se aquele impulso de que há a necessidade de fazer algo para se vingar da parceira, ou parceiro. Dessa forma, é como se o traído não encontrasse outra saída, e a revolta desencadeia o crime.

Independente da condição do relacionamento, seja ele de cunho familiar, romântico, entre namorados, ou até mesmo com um velho rico. É preciso entender que não se trata do sentimento de posse em relação à outra pessoa, mas de uma série de escolhas em relação àquele relacionamento. 

No homicídio passional é preciso compreender que a emoção e a paixão são causas não excludentes da culpabilidade. Dessa forma, nem a mais grave das traições poderá ser meio de justificar tamanho crime. 

É possível constatar que no cotidiano forense, é recorrente a existência de crimes bárbaros, violentos e cruéis. E como forma de justificativa de conduta, o agente acaba por invocar sempre um motivo nobre como o amor. 

Entretanto, nem mesmo a emoção ou a paixão excluem a imputabilidade penal. Dessa forma, não influenciam a capacidade de discernimento do agente que se mantém hígida. Ou seja, apesar de uma manifestação real da consciência humana, não são capazes, e nem devem, de excluir o crime.

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