Avenida Joana Angélica, Boca do Rio e Plataforma terão medidas de restrição a partir deste sábado; veja como vai funcionar

O governador da Bahia, Rui Costa, e o prefeito de Salvador, ACM Neto, promoveram uma entrevista coletiva conjunta pela internet, na tarde desta quinta-feira (7), para explicar as medidas de restrição que algumas regiões da capital baiana vão sofrer a partir do próximo sábado (9). As ações afetam o tráfego em regiões da Avenida Joana Angélica e os bairros da Boca do Rio e Plataforma, que vão receber bloqueios nas ruas e também no comércio local, que vai estar proibido de funcionar. A medida vai durar, inicialmente, sete dias.

“Não haverá impedimento de circulação das pessoas. Pessoas não estão obrigadas a ficar em casa. A ideia é que a pessoa só saia de casa se precisar trabalhar. Quanto ao comércio, atividades profissionais estarão suspensas, tanto do comércio formal como informal. Vamos dar benefício da cesta básica para feirantes e ambulantes para compensar o que eles vão perder nesses dias”, relata o prefeito.

ACM Neto explica que a medida não se trata do lockdown, quando há uma proibição de todas as atividades, e acontece em regiões que apresentam aumento no trânsito de veículos e pessoas.

“No começo da semana, quando anunciei prorrogação dos decretos de restrição de diversas atividades, apresentei quadro com números que projetavam provável desempenho do coronavírus nas duas últimas semanas de maio e começo de junho em Salvador. Estamos preocupados, e todo esforço é para evitar colapso no sistema de saúde. Estamos fazendo todo esforço para oferecer novas vagas”.

“Em alguns lugares, a gente percebe que o fluxo de pessoas e veículos vem se aproximando de número normal, de antes da validade dos decretos de restrição. No Subúrbio, temos 81% dos veículos transitando. Se comparar com dia normal, com todas medidas de restrição, o que se subtrai é apenas 19%. Se for para número de passageiros, é 34% de um dia normal. Esses dados se reproduzem em cada uma das regiões da cidade. Nos dois últimos dias, número de veículos transitando, em média, foi apenas 19% a menos que um dia normal. Crescimento enorme. Chegamos a ter, no auge das medidas de restrição, menos 64%”, explicou o prefeito.

ACM Neto afirma que algumas dessas regiões terão interdições nas vias que vão acontecer das 7h às 19h, mas não valem para moradores, que terão acesso a qualquer momento. Ônibus de transporte público também vão poder circular. Por outro lado, a limitação ao funcionamento de estabelecimentos vale para comércio formal e informal e é válida por 24h.

“Todos os moradores, mediante apresentação do comprovante de residência, vão ter acesso a qualquer hora. Todas as atividades comerciais, formais e informais, assim como todos os serviços, edifício empresarial, por exemplo, vão estar suspensos. Nenhuma atividade vai funcionar exceto supermercados, farmácias, bancos e lotéricas”, completa o prefeito.

Nesses locais, a prefeitura vai promover ações de auxílio aos moradores, como distribuição de máscaras, realização de testes rápidos e medição de temperatura. Diretamente afetados pelo fechamento do comércio, feirantes e ambulantes também vão receber cestas básicas

“Vamos levar o CRAS Itinerante, com conjunto de serviços sociais. Vamos dar apoio a todas as instituições que deem auxílio a idosos, crianças e deficientes. Podem ter apoio em cestas básicas, materiais de higiene e ajuda de profissionais nossos. Vamos fazer amplo processo de higienização nas principais ruas. Nós vamos concentrar algumas equipes nas ruas desses bairros com restrições e fazer ação firme de enfrentamento ao Aedes aegypti. Vamos ter equipes completas de limpeza e higienização”, continua ACM Neto.

Caso insista em abrir seu estabelecimento, o comerciante pode ser multado e ter o alvará de funcionamento cassado.

“Terá o seu estabelecimento interditado pela prefeitura. Nós impusemos várias restrições na cidade, permitimos funcionamento das lojas. No entanto, ainda existem pessoas que insistem em não acatar o decreto. Fazemos dezenas de interdição diariamente. Isso pode resultar em multa e cassação do alvará de funcionamento. Se as coisas forem bem, talvez não precisem ser renovadas. Esperamos contar com a adesão dos comerciantes”. *G1

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Close