Após ataque ao ônibus, Danilo reforça desejo de seguir no Bahia: “Não me passou pela cabeça sair”

Na primeira entrevista coletiva após o ataque ao ônibus do Bahia, o goleiro Danilo Fernandes reforçou o desejo de seguir no clube. O arqueiro de 33 anos tem contrato até dezembro e garantiu que não pensou em deixar o Tricolor por causa do atentado da semana passada.

“Não me passou pela cabeça sair”, afirmou Danilo Fernandes.

Danilo Fernandes concede entrevista coletiva após ataque a ônibus do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Danilo Fernandes concede entrevista coletiva após ataque a ônibus do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

– Eu, minha família, estamos bem adaptados, apaixonados pelo clube, pela cidade e nenhum momento passou isso na minha cabeça. (…) Minha motivação é fazer o que eu mais amo. Não são vândalos que vão mudar isso. O verdadeiro torcedor não faz isso. O verdadeiro torcedor vai ao estádio, mesmo que seja para xingar, para cobrar, mas não faz isso. Minha motivação é fazer o meu melhor, é estar com minha família, com meus companheiros. Estar saudável para fazer o que eu mais amo – completou o jogador.

Danilo chegou para a entrevista coletiva com os ferimentos no rosto ainda visíveis. Emocionado, o goleiro do Bahia lamentou o rumo tomado pelo futebol brasileiro nos últimos anos e citou outros casos de violência e também de racismo.

– Acredito que, antes de tudo, é a entrevista mais difícil da minha vida. Falando coisas que não é o que a gente quer falar. A gente quer falar o que acontece dentro do campo. Uma situação chata, no futebol pentacampeão mundial, que tem tudo para ser o mais bonito do mundo e está virando notícias policiais. Num momento em que o mundo vem passando por guerra e adversidades. (… ) Hoje no futebol brasileiro, não só no Bahia, está complicado para jogar. Não só na Bahia, mas no Brasil todo, a paixão está sendo confundida com agressão. A preocupação é com todos envolvidos nessas situações complicadas dentro do campo. A segurança tem que ser a nível nacional – afirmou.

O goleiro também contou como foi o ataque. Ele disse ter demorado para entender o que estava acontecendo.

– Eles relataram que eu demorei para reagir, eu estava de fone de ouvido, então demorei para entender o que estava acontecendo. Quando eu me dei por conta, estava sangrando, pingando, muito sangue no meu corpo. Pediram para eu ir mais para frente, para sair da zona de perigo. Eu não sabia o que estava acontecendo, e ficou estranho de entender o que estava acontecendo – lembra Danilo. *ge

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