Tite reconhece gravidade de denúncias contra Caboclo, mas diz: “Não é da nossa alçada”

Um dia após o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF por 30 dias, o técnico Tite, da seleção brasileira masculina de futebol, disse saber a gravidade das denúncias de assédio sexual e moral ao dirigente, mas evitou comentar o assunto.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, Tite foi questionado sobre o caso e afirmou:

– Eu compreendo a pergunta. Sabemos a dimensão que tem, a gravidade do caso, temos consciência disso. Agora, existe um Comitê de Ética da CBF que toma as devidas providências. Não é da nossa alçada – comentou.

Nos últimos dias, o treinador foi alvo de ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que atribuíram a ele a possibilidade de os jogadores da Seleção se recusarem a disputar a Copa América. Entre os críticos estiveram o senador Flávio Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão.

Questionado sobre estas críticas, Tite se esquivou:

– Vou falar sobre o meu juízo e o que a minha escala de valores dizem. Tenho muito respeito ao meu trabalho, à seleção brasileira, a esse momento da Copa do Mundo e de Eliminatórias. E a melhor maneira de retribuir o carinho das pessoas que me apoiam e ao respeito do que estão contra é fazer o meu melhor trabalho possível. É nisso que vou me ater.

Tite e o auxiliar Cléber Xavier, em entrevista coletiva nesta segunda-feira — Foto: Reprodução / CBF TV

Tite e o auxiliar Cléber Xavier, em entrevista coletiva nesta segunda-feira — Foto: Reprodução / CBF TV

Tite também foi perguntado se o treinador de uma seleção nacional precisa estar alinhado ao governo do país.

– Técnico de futebol tem que estar alinhado com o futebol –opinou.

Após dias de debates e incertezas, os jogadores da Seleção decidiram disputar a Copa América, no Brasil. A estreia será domingo, contra a Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. *GE

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