Selo “Racismo Aqui, Não!” é adotado por instituições baianas, brasileiras e americanas  

Foto: Gabriel Xavier

Ideia criada pelo premiado publicitário brasileiro João Silva visa inibir práticas racistas com a exibição do selo em estádios, shoppings, teatros, instituições de ensino, entre outros locais de destaque

O selo “Racismo, aqui não!”, ação integrada de mobilização que se propõe a inibir práticas racistas – a partir da adoção do certificado de compromisso social, e de sua exibição em ambientes de trabalho, educação, manifestações culturais, esportivas e de lazer – já foi adotado por mais de 40 empresas brasileiras e americanas. “Sua utilização em local visível e de fácil acesso, visa gerar um impacto transformador no comportamento coletivo”, afirma o criador da iniciativa, o premiado publicitário brasileiro, João Silva. A meta é chegar a 2025 com uma redução significativa nas manifestações racistas no país, “porque as adesões estão aumentando a cada dia,” conta.

“A adoção do selo e de seus protocolos por instituições públicas e privadas, entidades e organizações de interesse social, bem como sua ampla exibição em peças publicitárias, eventos contribuirá significativamente para abordar a questão, inibir práticas racistas e reduzir conflitos, bem como preservar imagens e reputações”, afirmou João Silva, que completa 50 anos de carreira em 2025.

Mais de 20 empresas e demais instituições baianas já adotaram e receberam o selo “Racismo, aqui não!”, entre elas, Vila Criativa, Basílica do Bonfim, DayHORC, Bloco Afro Ilê Aiyê, Bloco Camaleão, Bar e Restaurante Habeas Copos, Central de Outdoor, Cantina Buoni Amici, dentre outras. O Barra foi o primeiro shopping do Brasil a demonstrar interesse na adoção do selo, assim como empresas de comunicação, como a Band Bahia.

“Ainda temos muitos desafios a enfrentar contra o racismo, em especial, o religioso. A Igreja do Bonfim é um lugar de encontro com o diferente. Tem uma vocação especial de unir pessoas diversas, com crenças variadas. A própria posição do Senhor do Bonfim é simbólica, pois ele está de braços abertos. Já sofri racismo de modo velado, mas não devemos nos abater, nem nos render e sim ocupar o nosso lugar”, avaliou Edson Menezes, Reitor da Basílica do Bonfim.

A produtora cultural da Vila Criativa, Simone Reis, complementou: “O selo anuncia um tempo e mundo novos, para que já em 2025 possamos viver em uma nação baseada na igualdade e meritocracia. Não basta ser indiferente. É preciso ser atuante”.

O selo “Racismo, aqui não!” já teve sua campanha adotada internacionalmente, através do restaurante Silvia’s do Harlem e do Pub Blue Note, os dois situados em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Já em Viena, na Áustria, a campanha foi encampada e divulgada durante o seminário “All The Dreams”, que contou com a participação de João Silva. Outra adesão significativa foi a da RGB – Rede Governança Brasil, associação que tem o objetivo de colaborar na implantação de políticas de Governança no Brasil e na América Latina.

Saiba mais sobre o selo “Racismo, aqui não!”

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O selo “Racismo, aqui não!” já foi adotado por mais de 40 empresas brasileiras e americanas (Foto: Gabriel Xavier)

Entre os benefícios do selo, estão inseridas questões de caráter social, institucional e de valor à marca, quais sejam: redução de casos e inibição de comportamento racista; contribuição para harmonização do ambiente interno das empresas e instituições, seguido da comprovação de que, naquele espaço, não se tolera práticas discriminatórias; e, por fim, ampliação da imagem positiva de empresas junto aos clientes/consumidores, potencializando vendas e agregando valor simbólico às marcas.

“Como legítimos representantes do Carnaval de Salvador, consideramos que o selo vem para reafirmar a condição plural da festa, e a forma como sempre buscamos pautar nossa atividade social e empresarial. Esperamos que ele possa ser um elemento transformador e de inclusão”, ressaltou Joaquim Nery, diretor do Bloco Camaleão.

Luiz Henrique do Amaral, Presidente Executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) na Bahia, completou: “O selo representa um instrumento de engajamento, de atitude, de posicionamento claro e direto contra o comportamento racista. Para novos tempos, novas posturas!”.

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