Radicalismo político no Brasil supera média global, aponta estudo

O radicalismo nas discussões político-partidárias atingiu nível elevado no Brasil e supera a média internacional de 27 países, segundo dados do Instituto Ipsos divulgados hoje (14) pelo Estadão. A pesquisa mostrou que os entrevistados no Brasil estão menos propensos a aceitar as diferenças de posicionamento político.

Segundo o instituto, 32% dos brasileiros acreditam que não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas. O índice é maior do que quase todos os países pesquisados, atrás apenas de Índia (35%) e África do Sul (33%). A média geral é de 24%.

O levantamento ainda aponta que 40% dos brasileiros disseram se sentir mais confortáveis junto a pessoas que têm pensamentos similares e 31% consideram que aqueles com visão política diferente das suas não ligam de verdade para o futuro do Brasil. A média geral dos países pesquisados, nos dois quesitos, é de 42% e 29%, respectivamente.

A pesquisa entrevistou 19,7 mil pessoas entre 16 e 64 nos países onde o Ipsos atua. No Brasil, cerca de mil pessoas responderam ao questionário, sendo majoritariamente moradores de centros urbanos, com salário e nível educacional superior à média nacional. (metro 1)

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