Para associação de servidores, ‘Enem dos Concursos’ contribuirá para melhorar atendimento à população

Resultados para 6.640 vagas foram divulgados nesta terça-feira

Imagem: Getty Images

Os resultados do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, foram divulgados nesta terça-feira, 4, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Trata-se de um momento decisivo para quase 1 milhão de candidatos, que disputam 6.640 vagas distribuídas entre 21 órgãos do governo. Os aprovados já podem consultar suas pontuações e classificação nos portais oficiais, onde também serão divulgados os próximos passos para a nomeação e ingresso nos cargos públicos.
 

O Concurso Nacional Unificado representa uma mudança significativa para o setor público e para os candidatos. O novo modelo unificou a seleção de profissionais para diversas áreas, otimizando o processo de contratação no serviço público. Artur Marques, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), destaca que a iniciativa é positiva tanto para os concurseiros quanto para a sociedade. “Os interessados puderam concorrer a distintos cargos com a mesma taxa de inscrição, e o exame único agiliza o preenchimento e reposição de vagas em áreas importantes para o atendimento da população”, afirma.
 

Para o presidente da AFPESP, o concurso é um importante instrumento de contratação, já que prioriza o mérito e a qualificação dos candidatos, sem interferências externas. “A independência da categoria é fundamental para que preste bons serviços e trabalhe para a sociedade, e não para governos”, reforça.
 

Segundo dados dos resultados divulgados, a quantidade de pessoas negras, indígenas e com deficiência superou o percentual da reserva de cotas. Pessoas negras corresponderam a 18,8% dos inscritos e 24,5% dos aprovados. Os indígenas representaram 0,46% dos candidatos e 2,29% dos aprovados. Já as pessoas com deficiência participaram com 2,06% das inscrições e alcançaram 6,79% das aprovações. Para Artur Marques, “a diversidade no quadro de servidores é crucial para um atendimento inclusivo e representativo. Dessa forma, as necessidades da população podem ser compreendidas e atendidas de forma mais eficiente”.
 

Ele também ressalta que a estabilidade no setor público, introduzida na Constituição de 1934 e ratificada na Carta Magna de 1988, em seu Artigo 41, atende a um preceito global das nações democráticas, de tornar o funcionalismo imune à alternância partidária e ideológica nos governos e às influências políticas e de interesses de grupos. “É um dos pilares que garantem a continuidade dos serviços e a isonomia no atendimento à população”, finaliza o presidente da entidade. 


Gustavo Bechara
 



 

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