Os sete erros mais comuns no currículo

Por Camila Andrade*

 

Um currículo construído de forma inadequada pode fechar portas no mundo do trabalho. Por outro lado, quando está claro, conciso, objetivo, e até mesmo criativo, as chances de avanço nas etapas de seleção aumentam consideravelmente.

 

A princípio, é preciso esclarecer que dificilmente um empregador vai contratar alguém por gostar da apresentação profissional descrita em uma ou duas folhas de papel. Todavia, há uma forte tendência de que o profissional não tenha ao menos a possibilidade de ser entrevistado quando o currículo está inadequado. Conheça abaixo os sete erros mais comuns no currículo que podem destruir suas chances de contratação.

 

1º erros gramaticais

Erros de ortografia, concordância, regência, podem causar uma falsa impressão de falta de domínio da língua portuguesa ou de descaso. Para não cair nessa armadilha, você pode recorrer à internet que reúne uma série de ferramentas gratuitas como os corretores gramaticais dos programas de edição de textos. Outra alternativa é buscar uma consultoria de profissionais para uma revisão.

 

2º prolixidade

Evite textos longos e detalhamento excessivo de informações. Textos mais objetivos tornam o material mais atraente e fáceis de serem avaliados pelos recrutadores.

 

3º muitas experiências profissionais curtas

Ao contrário do que muitos pensam, reunir diversas experiências profissionais nem sempre é bem avaliado. Sobretudo, quando compreendem curtos períodos de tempo e áreas muito distintas. O excesso de experiências pode causar a impressão de falta de especialização na área. Neste caso, recomenda-se citar as experiências principais, duradouras e/ou voltadas à área de atuação pretendida.

 

4º falta de foco

Fique atento para não estender muito o leque de áreas de atuação. Isso pode causar a impressão de falta de especialização.

 

5º informações falsas

Mentir nunca é um bom caminho e, no currículo, é considerado um erro grave e até criminoso, visto que o candidato pode ser solicitado a comprovar tais informações e, por este motivo, incorrer em falsidade ideológica ou documental. Além disso, denota um desvio de caráter danoso à empregabilidade.

 

6º expressões em latim

Em português, o documento se chama apenas ‘Currículo’, em latim, chama-se ‘Curriculum Vitae’. Para intitular o documento, pode-se utilizar ambas as expressões, mas nunca misturadas. Logo, JAMAIS escreva ‘currículo vitae’.

 

7º imagem

Normalmente, a inclusão da fotografia é opcional e se a vaga não solicita de maneira expressa, é de bom tom não incluir. Caso seja necessária a inserção, cuidados com a qualidade da imagem e a postura profissional são relevantes. É importante estar atento à roupa, preferir blusa fechada, terno, sorriso discreto e estar atento à luminosidade, impressão de qualidade.

 

Finalmente, para fins acadêmicos (atuação como docente, pesquisador, extensionista, cursos de pós-graduação), utilize o Currículo Lattes, elaborado diretamente na Plataforma do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela internet e atualizado constantemente.

 

E lembre-se, apesar dos padrões de currículos existentes, um layout criativo e o destaque das características, atividades e competências profissionais adequadas à área de atuação pretendida são sempre um diferencial!

 

* Advogada, professora e coordenadora dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Gestão de Segurança Privada e Recursos Humanos da Faculdade Pitágoras de Jequié (BA).

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