Morre aos 62 anos o artista plástico Florian Raiss

Oartista plástico Florian Raiss morreu na noite do último domingo (25), aos 62 anos. Ele teve parada cardíaca no Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde estava internado fazia duas semanas para tratamento de problemas renais. Entre as obras mais conhecidas de Raiss estão a série de esculturas antropomórficas que ele batizou de “quadrúpedes”. As peças feitas de bronze e argila dão exemplo de sua relação com o fantástico, que permearia sua obra. “Artista único, à frente de seu tempo.” Assim definiu-o Paulo Kassab Jr., da galeria Lume, que representava o artista. No texto que divulgou sobre o artista, Kassab Jr. lembrou que o nome Florian, evoca “da natureza da flor”. “Nada melhor para defini-lo. Viveu leve, nos embeveceu e encantou com sua delicadeza e a genialidade de suas criações”, lamentou o galerista. Ian Duarte, dono da galeria Verve e amigo do artista, diz que o Raiss encarnou sua obra da forma que ele era. “Ele foi é uma pessoa extremamente culta e erudita que viveu uma vida sem concessões. Ele vivia aquilo que produzia, ao contrário de muitos outros artistas”, afirmou o galerista.Filho de alemães, nascido no Rio de Janeiro em 1955, mas radicado em São Paulo, o artista estudou na escola britânica St. Paul’s. Na opinião de Duarte, as raízes e a educação europeia contribuíram para a formação de um artista “refinado, mas sem ostentação e muito ligado à cultura, ao espírito e às boas relações”. Foi na Europa, aliás, que Reiss fez seus estudos de arte -primeiro na Academia de Belas Artes de Florença, entre 1973 e 1974 e, depois, na de Roma, onde ficou até 1975. Viveu também no México, onde estudou desenho, sua primeira área de expressão como artista, entre 1975 e 1977, com Gilberto Aceves Navarro, na Academia de San Carlos da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), na Cidade do México.

‘Quadrúpede sem flor’ (2011), de Florian Raiss. Divulgação ‘Quadrúpede sem flor’ (2011), de Florian Raiss.    Raiss teve sua obra exposta no Brasil e no exterior -participou de mostras em países como Alemanha, Suécia, Venezuela, Holanda, Portugal e Estados Unidos. Sua última individual foi “Mitologias Pessoais”, na galeria Lume, em 2015. Peças do artista fazem parte do acervo de museus como o MAM e o Museu Afro Brasil, em São Paulo, e o MAC-RJ. Raiss deixa irmãos e amigos.  Com informações da Folhapress.

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