Mercado de carros usados mostra recuperação mais rápido

Com a reabertura de concessionárias e lojas de carros multimarcas em muitas cidades, o setor começa a esboçar aumento nas vendas, depois de registrar quedas consideráveis em março, abril e maio.

E é o segmento de usados que tem mostrado sinais mais claros de recuperação depois do início da pandemia do coronavírus.

Imagem de arquivo de uma concessionária em SP — Foto: Fábio Tito / G1

Imagem de arquivo de uma concessionária em SP — Foto: Fábio Tito / G1

Como comparação, a venda de carros e comerciais leves novos em junho deste ano foi 42,5% menor do que no mesmo período do ano passado. Entre os usados, o tombo foi inferior, de 32,1%.

Também é preciso considerar que o mercado de carros usados é bem maior do que o de novos: 3,34 milhões de unidades contra 763 mil no primeiro semestre de 2020, segundo números da Fenabrave, a associação das concessionárias.

Ainda assim, o setor de usados acredita que 10% das 48.600 lojas de carros já fechou ou vá fechar até o fim da pandemia. “Também nos preocupa o desemprego do setor, já que muitas vendas são online”, disse Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, entidade que reúne lojistas de carros seminovos e usados.

Segundo ele, este segmento emprega 650 mil pessoas, direta ou indiretamente. Nesse caso, a previsão é que 25 mil vagas sejam fechadas.

Mesmo com menos lojas abertas, a associação vê com otimismo os números de vendas de usados de junho. Caso eles se repitam ao longo do ano, a queda do primeiro semestre poderá ser revertida.

“A recuperação tem sido mais rápida do que esperávamos. Esse ano, se continuar como foi junho e está sendo julho, acreditamos que podemos empatar com o ano passado”, disse o presidente da Fenauto.

Em 2019 foram comercializados 14.592.691 veículos, 2,2% mais do que em 2018.

“Os compradores existem, é que as pessoas estavam segurando”, completou.

*Auto Esporte

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