Mais de 900 localidades foram atingidas por manchas de óleo no litoral brasileiro, diz Ibama

A pouco mais de quatro meses desde o surgimento das primeiras manchas de óleo no litoral do país, o número de localidades atingidas já soma mais de 900 pontos em todos os nove estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), até esta sexta-feira (6) foram computados 903 pontos com registros da poluição.

As manchas estão ficando menores. Até a última atualização dos registros, ao menos 543 localidades tiveram uma contaminação inferior a 10% da área atingida, o que o Ibama considera como vestígios esparsos. Manchas maiores apareceram em 24 localidades, a metade delas concentrada no litoral baiano.

Bahia, Alagoas e Espírito Santo são os estados que tiveram o maior número de registros de contaminação. Foram 342 localidades afetadas na Bahia, 115 em Alagoas e 104 no Espírito Santo, este que foi um dos últimos estados a ser atingido pela contaminação, no início de novembro.

Aumento dos casos em novembro

As primeiras manchas de óleo surgiram no dia 30 de agosto, em praias da Paraíba. Segundo o Ibama, foram feitos quatro registros nas praias Bela, Gramame, Jacumã e Tambaba nesta data.

De lá para cá, os números subiram. Em setembro foram 118 registros e, em outubro, 172. Em novembro, os registros aumentaram quase três vezes em comparação ao mês anterior e somaram 536 pontos (veja os números abaixo).

Mudança de metodologia

Para Pedro Bignelli, coordenador-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima), ligado ao Ibama, o aumento dos casos em novembro se deve à mudança de metodologia do instituto para registrar os pontos com as manchas de óleo nas praias.

Antes, fazia-se o registro conforme apareciam os relatos. Agora, cada localidade registrada é referente a 1 km de praia. Isso significa que, se uma faixa de areia de 10 km tiver registro de óleo em toda a sua extensão, serão registrados 10 localidades com sinal de poluição.

“Tivemos que escalonar o mapeamento para organizar o combate [às manchas]”, afirmou. Desta forma, o grupo que atua nas praias poderá saber quantos homens são necessários enviar a cada ponto para limpar a areia. *G1

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