Maio Roxo: campanha alerta para a conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais

Segundo estimativas mais de 5 milhões de pessoas no mundo são acometidas pelas Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Não há dados sobre a incidência do problema entre os brasileiros, mas o número de casos vem aumentando segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Para conscientizar sobre o assunto, foi instituído, em 2002, o dia 19 de maio como o Dia Mundial das DIIs. No Brasil, desde 2016 a ABCD realiza a campanha Maio Roxo como forma de alertar a população sobre o problema.

 

Entre as principais Doenças Inflamatórias Intestinais estão a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Essas duas enfermidades crônicas são resultantes de uma resposta imunológica exacerbada em indivíduos geneticamente predispostos, explica a nutricionista e professora do curso de Nutrição da Unijorge, Mirella Brasil Lopes. Ainda segundo a nutricionista, que é Mestre em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa podem acometer indivíduos de qualquer idade, porém são mais frequentes em pessoas jovens, entre 20 e 40 anos.

 

De acordo com a especialista, os sintomas mais comuns são diarreia, podendo apresentar sangue e muco nas fezes; dor abdominal; febre e perda de peso. “Muitas vezes a doença evolui para um quadro clínico complexo e grave, com complicações intestinais e sistêmicas, prejudicando a qualidade de vida dos portadores acometidos”, explica. As doenças não têm cura, mas, a descoberta precoce pode reduzir a chance de agravamento, evitando internações, cirurgias e sequelas graves, além de oferecer melhor qualidade de vida ao paciente.

O tratamento do paciente com DIIs requer acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, geralmente composta por médico gastroenterologista, nutricionista e psicólogo. “O indicado é que o paciente procure um profissional com experiência na área, a fim de que seja instituído o mais precocemente possível o diagnóstico e tratamento clínico, além do tratamento nutricional e psicológico”, ressalta Mirella, que também é orientadora da Liga Acadêmica de Nutrição em Gastroenterologia da Unijorge (LANG-UJ) e Membro do Grupo de Estudos de Doenças Inflamatórias Intestinais do Brasil (GEDIIB).

Campanha virtual – Esse ano, seguindo as determinações dos órgãos de saúde de isolamento como forma de controle do novo coronavírus, a campanha será totalmente virtual. As associações nacionais e estaduais, profissionais das diversas áreas, além dos portadores de DIIs e seus familiares envolvidos com a causa, estão utilizando as redes sociais no trabalho de conscientização das DIIs. *Rafael Veloso

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