Keilley: “Uma parte de minha história para você” – Baiano não nasce, estreia

Hoje quero compartilhar com vocês um pouco da minha história. Desses aspectos da minha vida que muitos não conhecem, mas que me formaram como pessoa, como uma mulher empreendedora, lutadora que não para de sonhar.

A origem da minha paixão por viajar e descobrir novos horizontes, meus sonhos um pouco frustrados, o vôlei como meu primeiro amor e como cheguei à minha nova casa (Europa), tudo isso e muito mais neste pedaço da história de Keilley Lee Marques que agora quero compartilhar com todos vocês.

Minha mãe foi a origem do meu amor por viajar!

Meus pais se separaram quando eu tinha uns 2 anos. Não tenho muitas lembranças do meu pai de pequena, apenas que ele viajava muito para trabalhar e nunca voltava.

Ele foi e é produtor de banda de forró, um tipo de música muito conhecido no norte do Brasil. Sempre trabalhou com grandes nomes da indústria da época e atualidade, tornando-se um produtor muito conhecido e experiente.

Minha mãe era cantora gospel na Bahia. Parte de seu trabalho era de visitar igrejas de diferentes cidades e vilas dentro e fora da minha Bahia, terra natal. Começamos a viajar quando eu tinha 3 anos, visitamos um grande número de igrejas. Minha irmã mais velha e minha mãe cantavam e eu aproveitava a oportunidade para pregar.

Eu gostava de conversar sobre Deus com as pessoas, dedicava 10 minutos para isso e aparentemente minhas palavras conseguiram tocar o coração porque às vezes percebia lágrimas nos olhos de quem me ouvia.

O gosto por viajar e conhecer vem desde muito cedo e graças à minha mãe. Ela estava sempre em busca de um lugar melhor, com melhores condições de trabalho, para dar a mim e aos meus dois irmãos a melhor educação e fazer com que vivêssemos com conforto.

Foi assim que conhecemos quase todo o Brasil. Saímos de Paulo Afonso na Bahia, minha mãe, meus dois irmãos e eu até nos estabelecermos em Florianópolis, no sul do Brasil, capital de Santa Catarina.

Naquela cidade meu romance com o vôlei começou, mas antes meu sonho era ser modelo, imitando minha irmã mais velha.

Modelagem, um sonho que não foi sustentado pelo meu corpo!

Minha irmã trabalha muito no mundo da modelagem, participou e ganhou vários concursos de beleza no Brasil e para mim foi tipo Uau !!! O mais e eu queria ser como ela, andar nas passarelas e ganhar concursos mas … o meu corpo não me acompanhava nos meus sonhos.

Meu corpo nunca coube nas passarelas porque sempre tive muito peito. Meu desenvolvimento começou quando eu tinha 10 anos e desde então meus seios não pararam de crescer e claro, era difícil ver meus sonhos desabarem devido ao tamanho dos meus seios.

Para uma menina dessa idade é difícil assimilar algo assim, principalmente em tempos de escola que as crianças a sua volta tão pouco compreende que estar passando.

Alguns anos depois, o voleibol entrou na minha vida. Inicialmente foi uma fuga, mas logo se tornaria meu primeiro amor.

Voleibol: Crescimento, Paixão e Oportunidades

O voleibol foi uma fuga. Queria crescer, emagrecer para realizar meu sonho de ser modelo e tinha certeza de que o esporte me ajudaria a atingir meus objetivos, que praticando o vôlei me alongaria o suficiente para ficar espetacular nas passarelas. Mas, a realidade é que esse belo esporte me salvou.

Jogar vôlei mudou completamente a minha perspectiva de vida e acabei me apaixonando totalmente pelo esporte, que praticava com meu irmão mais novo. Eu tinha 14 anos quando essa paixão começou. Sempre fui muito ativa, meu gosto por me exercitar para ser e me sentir bem tenho cultivado desde aquela idade.

Comecei a jogar vôlei profissionalmente, levando o esporte mais a sério e tendo responsabilidades esportivas aos 14 anos quando o esporte me levou para Curitiba. Naquela cidade havia times muito bons, mais oportunidades de desenvolvimento profissional, fiz muitos testes e por isso minha experiência nas quadras aumentou rapidamente.

Algum tempo depois, passei do vôlei de atletismo para o vôlei de praia. Uma nova experiência, uma nova oportunidade de viajar e desta vez para terras estrangeiras.

A emoção foi imensa, não pude acreditar! minha paixão e dedicação ao voleibol me levariam à Europa pela primeira vez. Quando pisei no aeroporto de Paris tive a certeza de que nunca mais voltaria ao Brasil, que a Europa seria minha nova casa, foi uma sensação única que não consigo descrever em palavras, era uma questão de pele e coração.

Tudo que vi me apaixonei, fiquei encantada com o continente, com cada cidade. Me apaixonei pelo clima, pela comida, pelas paisagens rurais e urbanas. Ficar na Europa e a Espanha seria minha sede, disso eu tinha certeza.

O voleibol foi a minha grande paixão, permitiu-me saber o que eu queria minha casa, deu-me a motivação para continuar a crescer como atleta e como mulher integral, o que tem sido a base de quem sou até hoje.

Infelizmente, nenhum progresso foi feito no esporte, pelo menos não tanto quanto eu gostaria.
Porém, sou muito grato por tudo que conquistei praticando o vôlei e orgulho de ter saído de uma cidade como Paulo Alfonso. Pequeno município do nordeste brasileiro, pertencente ao estado da Bahia, com área de apenas 1.700 km².

Uma cidade pequena, mas tão grande para ser sede da terceira maior hidrelétrica do mundo, capaz de abastecer um país inteiro. No meu estado temos um ditado popular que quero compartilhar com vocês: ” Baiano não nasce, estreia”. Explodimos como estrelas para brilhar onde quer que estejamos. Está é minha história…

Agradeço por ler. Eu queria falar sobre essa parte da minha vida e espero que seja útil para aqueles que em algum momento se sentem presos em um sonho difícil de realizar. Lembre-se que a vida é para ser vivida e sempre lhe mostrará o melhor caminho. Agora acompanhe mais das minhas aventuras em www.keilley.com

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