Infectologistas alertam para importância da máscara e do distanciamento social mesmo para quem já teve Covid

Nas escolas e fora delas, as medidas de prevenção contra o coronavírus não mudam, e é importante destacar que isso vale mesmo para quem teve Covid e se curou.

Gabriela soube em setembro, por um teste, que estava com Covid. Não teve nenhum sintoma. Mesmo assim, ela reforçou os cuidados. “Por mim, para que não haja uma reinfecção, mas também pelos outros, principalmente pela minha família, para que eu não esteja carregando o vírus e possa contaminá-los”, diz a servidora pública Gabriela da Silva.

O infectologista Hélio Bacha sabe que ela está certa. Por causa da possibilidade de reinfecção, quem já teve a Covid pode ser contaminado de novo e transmitir o vírus do mesmo jeito de quem nunca teve a doença.

“Não há passaporte para o Covid. Nós temos uma imunidade que nós não sabemos a intensidade e a duração dela”, alerta Hélio Bacha, infectologista do hospital Albert Einstein.

Não importa se a pessoa já teve ou não a Covid, se teve ou não algum sintoma. Para evitar ser contaminado e para não contaminar os outros, é preciso manter os mesmos cuidados: higiene das mãos, distanciamento social, ventilação e máscara.

O pesquisador Vitor Mori, especialista em engenharia biomédica, lembra que hoje já se sabe muito mais sobre a transmissão do coronavírus do que no começo da pandemia, quase um ano atrás.

“O principal perigo, com relação ao vírus, é compartilhar o mesmo ar, é respirar o mesmo ar. Então, a primeira coisa: se você puder ficar em casa, fique o máximo que conseguir; segundo, se não for possível ficar em casa, dê preferência para locais ao ar livre, locais bem ventilados. Se não for possível, procure local fechado, mas com boa circulação de ar, com boa ventilação, espaço amplo e com pouca gente. E aí tome muito cuidado, com uma máscara de pano, bem ajustada, bem vedada ao rosto, até uma máscara profissional. É fundamental que mesmo quem já teve Covid continue utilizando máscaras em espaços públicos”, explica Vitor Mori, pesquisador do Observatório Covid-19.

“Eu uso a máscara em ambientes públicos, mas em ambientes privados também. Eu tenho uma avó de 92 anos, ela não teve Covid, ainda bem, e sempre que eu vou visitar meus familiares, todos usam máscaras, álcool gel na mesa, as refeições a gente faz em mesas separadas, que é o momento em que a gente tira a máscara; e ninguém, ninguém quer passar por essa tragédia na sua família. Então, acho que colocar a máscara, se cuidar, não aglomerar é uma forma de amor hoje em dia”, conta Gabriela.

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