Homens passam boa parte da vida sem ir ao urologista e risco de câncer de próstata aumenta

 

Médico do Grupo Fleury alerta sobre a importância do acompanhamento da saúde e que visita frequente ao especialista deve ser priorizada em qualquer momento de vida 

por Andréia Vitório

Em meio ao momento pandêmico, as idas rotineiras aos médicos foram adiadas por muitos brasileiros, assim como a continuidade de tratamentos. Com a retomada das atividades, ainda é preciso de consciência e cuidado. Existe a necessidade de reforçar que é preciso continuar os acompanhamentos com os especialistas, e a chegada da campanha do ‘Novembro Azul’ mostra uma importância ainda maior quando o assunto é homens que, muitas vezes, passam boa parte da vida sem se consultar com um urologista.

 

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 65 mil ocorrências da doença são esperadas em 2020. No mundo, a estimativa é de que 75% dos casos ocorram a partir dos 65 anos e um dos principais fatores para isso, além da genética e a idade, é a falta de prevenção.

 

“Muitos homens, após a entrada da adolescência, com 13 anos, só voltam ao médico depois dos 50 anos e, na maioria das vezes, motivados por sintomas que sinalizam problemas. O câncer de próstata, em sua fase inicial, tem evolução silenciosa. É na etapa avançada que pode provocar dores, dificuldade para urinar e insuficiência renal. Por isso é tão importante o acompanhamento da saúde”, explica o Dr. José Truzzi, coordenador da Urologia do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia.

 

A detecção precoce da doença possibilita um tratamento mais eficaz e melhor recuperação do paciente. Para isso, é necessário fazer o rastreamento com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos periódicos, sendo recomendados como forma de prevenção a partir dos 50 anos de idade, e aos 45 anos se tiverem fator de risco familiar. Os testes para prevenção e diagnóstico do câncer de próstata incluem o toque retal e o exame de sangue para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) – exames que são igualmente importantes e necessários.

 

Além do acompanhamento médico é essencial ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos regularmente, manter o peso corporal adequado, evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. Muitas vezes por medo, tabu e desconhecimento, os homens acabam descuidando da saúde, o que dificulta a prevenção de diversas doenças e, principalmente, o câncer de próstata.

 

 Tratamentos direcionados 

 

O rastreamento do câncer de próstata é recomendado dos 45 aos 75 anos de idade e deve ser feito anualmente por meio do exame de sangue, o PSA, e/ou por meio do exame de toque retal.

 

Já para identificar os tumores mais agressivos, é possível realizar o Oncotype DX – Genomic Prostate Cancer (GPS), em que são estudados 17 genes para auxiliar na decisão entre acompanhamento clínico versus tratamento cirúrgico, associado ou não à radioterapia. Com todas essas informações, o exame auxilia os médicos na definição do diagnóstico de forma confiável e na tomada de decisão para estabelecer um plano de tratamento adequado.

 

Estima-se que entre 5% a 10% dos casos de câncer de próstata são de origem hereditária. Assim, há, ainda, o Painel Câncer de Próstata Hereditário, que avalia 19 genes e tem por finalidade identificar o risco genético do câncer de próstata entre as gerações.

 

Onde os testes estão disponíveis 

 

Todos os exames citados estão disponíveis para todo o Brasil por meio da plataforma Fleury Genômica.

 

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