Entenda a relação entre calvície e genética

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Alopecia androgenética pode acometer homens e mulheres com alopecia androgenética pode acometer homens e mulheres. Conheça como a condição se manifesta em cada caso e opções de tratamento

Estima-se que 42 milhões de brasileiros tenham calvície, condição associada a predisposições genéticas.

Estima-se que aos 50 anos 50% dos homens tenham algum grau de calvície e, entre as mulheres, essa proporção chega até 40% em algum momento da vida.

Além disso, a queda de cabelo manifesta-se em 60% das pacientes com alopecia.

O que é calvície e como ela se desenvolve?

A principal causa de calvície é a alopecia androgenética, condição herdada dos progenitores.

O sufixo “andro” refere-se aos hormônios andrógenos (masculinos) como a testosterona e a di-hidrotestosterona (DHT), derivada da metabolização da testosterona.

O DHT age sobre o bulbo capilar provocando a atrofia progressiva, resultando no afinamento do cabelo (miniaturização) até que o bulbo pare, em definitivo, de produzir novos fios.

Como a calvície se manifesta?

Nos homens, a manifestação da alopecia androgenética ocorre por volta dos 40 anos com o afinamento do cabelo, intensificação das entradas nas têmporas e couro cabeludo mais visível.

Conforme o mecanismo de ação da calvície avança, é possível identificar uma perda significativa de cabelo do topo da cabeça, com uma queda restrita a essa região, formando a chamada “coroa” de cabelo nas laterais e na nuca.

A calvície precoce consiste nos casos em que esse processo acomete homens com menos de 30 anos.

O principal fator determinante da calvície é a predisposição hereditária, responsável por até  70% das chances de ficar calvo, enquanto outros fatores como disfunções hormonais, estilo de vida e doenças capilares associadas correspondam aos outros 30%.

Um aspecto central na manifestação precoce da calvície refere-se ao uso de esteroides ou outros repositores hormonais.

Uma vez que a calvície está diretamente associada à testosterona, maiores níveis desse hormônio podem antecipar o início da manifestação capilar em pessoas que tenham a tendência genética.

Alopecia androgenética feminina

As mulheres têm menor incidência de alopecia androgenética em relação aos homens, mas uma diferença significativa ocorre na forma de manifestação do problema.

Enquanto nos homens a calvície concentra-se no topo da cabeça, nas mulheres, a alopecia atinge o bulbo capilar difusamente, em todo o couro cabeludo.

Com isso, as mulheres apresentam o afinamento da haste capilar, com perda de volume devido à miniaturização, mas dificilmente ficam com regiões completamente calvas como os homens.

Outro aspecto importante é que, nas mulheres, a alopecia androgenética costuma se manifestar principalmente após a menopausa, quando há redução dos hormônios femininos, como estrogênio, e aumento dos níveis de hormônios masculinos, como a testosterona.

Queda de cabelo

É importante não confundir a calvície com outros tipos de queda de cabelo causada por fatores esporádicos e não associados à genética. 

Esse é o caso da queda de cabelo do tipo eflúvio telógeno causada por fatores como mudanças hormonais, estresse, déficit nutricional, medicamentos, hábitos, etc.

Também não se deve confundir a calvície com a alopecia areata. Nessa condição autoimune, o paciente pode apresentar queda de cabelo em tufos, ficando com áreas calvas no couro cabeludo.

Ainda que se estime que a alopecia areata possa ter influência genética, trata-se de uma condição multifatorial e que evolui de forma diferente da alopecia androgenética.

Tratamentos disponíveis para a calvície genética

O sucesso no tratamento da calvície depende diretamente de quando é feito o diagnóstico e início da terapia, uma vez que consiste em uma condição de evolução progressiva e crônica.

Com o diagnóstico precoce é possível iniciar o tratamento medicamentoso. Um fator importante é que o tratamento para calvície genética é contínuo, uma vez que a descontinuação da medicação levará ao retorno do problema.

Apesar de o medicamento ser uma opção, ele não reverte o quadro quando o bulbo capilar já está atrofiado, razão pela qual o estágio da calvície é determinante para definir o tratamento apropriado.

Em casos mais avançados de calvície, o tratamento mais eficaz e satisfatório consiste no transplante capilar, técnica pela qual se transferem folículos pilosos da região da nuca à área calva.

Atualmente, o tratamento pode ser indicado para homens e mulheres a depender do grau da calvície e do incômodo que a condição gera ao paciente.

Assim, a calvície em homens e mulheres está diretamente relacionada a tendência genética individual.

O problema pode comprometer a autoestima e a qualidade de vida das pessoas acometidas, mas é importante saber que existem tratamentos disponíveis que podem minimizar ou reverter os efeitos da queda de cabelo.

É fundamental buscar ajuda médica para identificar o estágio da calvície masculina e encontrar o tratamento mais adequado para o caso.

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