Dentista explica como a xerostomia (boca seca) pode afetar a saúde buca
Dentista explica como a xerostomia (boca seca) pode afetar a saúde buca
Thamyris Py Domingos Faial Santos, coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, indica que a baixa produção de saliva pode indicar doenças e que ela contém enzimas, minerais, aminoácidos e substâncias que protegem contra a invasão de vírus e bactérias Com índices de baixa umidade do ar recorrentes e ondas de calor mesmo diante do inverno, é comum ouvir as pessoas sinalizarem que estão com boca seca. Mas afinal, o que causa esse sintoma e quais os riscos? Segundo a Thamyris Py Domingos Faial Santos, coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, a sensação de boca seca pode estar associada à xerostomia, condição em que a secreção de saliva é insuficiente para manter a boca úmida, podendo ser um resultado de várias condições. “A sensação de boca seca pode ser causada por diversos fatores, como desidratação, hábito de respirar pela boca, cigarro, álcool, má higiene bucal, longas falas. Além disso, pode ser sinal de doenças nas glândulas salivares, de diabetes mellitus e da síndrome de Sjögren, por exemplo. Pode também ser efeito colateral de certos medicamentos como antidepressivos, antialérgicos, diuréticos e anti-hipertensivos, e ainda, envelhecimento e estresse”, aponta. Segundo a dentista, o que muitas pessoas não imaginam é que a saliva desempenha um papel crucial na saúde oral, ajudando na digestão, limpando a boca e protegendo contra infecções. No entanto, o ar seco, comum nessa época do ano, pode diminuir a produção salivar, aumentando o risco de doenças e até mau hálito. “A saliva contém enzimas, minerais, aminoácidos e substâncias que protegem contra a invasão de vírus e controlam a proliferação de bactérias. Entre outras funções, ela desempenha papel importante na limpeza da cavidade oral, na prevenção da cárie, do mau hálito e das infecções do sistema respiratório. Da mesma forma, é fundamental para a digestão dos alimentos e para o desenvolvimento do paladar e da fala”, ressalta. Thamyris explica ainda que a saliva atua na neutralização de ácidos e na remineralização do esmalte dentário e que a boca seca em excesso é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio e precisa ser corrigido. “Para um diagnóstico o exame é simples, rápido, indolor e de baixo custo, e permite analisar a quantidade e a qualidade da saliva produzida em um determinado período”, explica. Para ajudar as pessoas a minimizarem os efeitos da boca seca, a professora elencou algumas dicas: Hidratação adequada: Beber água regularmente ajuda a manter a boca úmida e estimula a produção de saliva. Uso de umidificadores: Em ambientes fechados com ar-condicionado, o uso de umidificadores pode ajudar a manter a umidade do ar em níveis confortáveis para as mucosas bucais. Higiene bucal rigorosa: Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, usar fio dental e enxaguante bucal sem álcool ajudam a manter a saúde bucal. Evitar cigarro e álcool: Reduzir o consumo destes itens que podem agravar a xerostomia e aumentar o risco de problemas bucais. Consultas regulares ao dentista: Visitas periódicas ao dentista são essenciais para avaliar a saúde bucal, detectar problemas precocemente e receber orientações específicas para cada caso. |
Deiwerson Damasceno dos Santos