Como times da elite se organizam contra crise por Covid-19: “Tem clube que não suporta 30 dias”

A paralisação das competições devido à pandemia do novo Coronavírus traz um impacto financeiro de dimensão ainda incalculável para os clubes de futebol no Brasil. Uma semana após a suspensão das disputas, as equipes organizam medidas extraordinárias para enfrentar o período de crise.

Na Série A, maior parte das diretorias pretendem se concentrar em ações conjuntas, atuando com propostas junto à Confederação Brasileira de Futebol e aos sindicatos que representam os atletas. Além de uma tentativa de fazer com que o pagamento das parcelas do Profut seja adiado pelo Governo Federal. Mas o cenário preocupa.

Para o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, a depender da composição de receita dos clubes, a projeção é de que suportem o máximo de três meses sem jogos.

“Se considerar que a TV vai manter contratos, que o campeonato será adiado, mas não cancelado, nem reduzido, considerando que não teria evasão de sócios, de patrocinadores, diria que um clube aguenta dois ou três meses, no máximo. Se essa rede que sustenta o clube for mais frágil, tem clube que não suporta 30 dias” – disse, em entrevista ao Faixa Especial SporTV.

Uma das tentativas para amenizar este cenário é a proposta apresentada aos representantes dos atletas, pela Comissão Nacional de Clubes (Fluminense, Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras e Bahia na Série A). Os jogadores recebem férias até o dia 21 de abril. Caso os torneios não retornem após esse período, a remuneração seria reduzida em 50% por 30 dias. Sem mudança de cenário no mês seguinte, o contrato de trabalho ficaria suspenso até o retorno das atividades, com os vínculos prorrogados pelo tempo de suspensão. *GE

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