Colunista Moacir Saraiva: “Parque dos Cavaleiros Romanos”

por Moacir Saraiva

Toda cidade que se preza tem um espaço para seus habitantes se desafogarem da selva de pedras que formatam as cidades. Um amontoado de paralelepípedos estendidos por toda a cidade, quilômetros de asfalto, casas e prédios ocupando todos os espaços, sufocando os habitantes na essência da vida. Tirando-lhes o espaço para respirar um ar mais puro, colocando lhes uma viseira impedindo-os de enxergar mais distante, deixando-os sem um lugar para pisar no chão. Um bom parque oxigena a cidade onde está inserido além de tonificar o que há de mais importante nas cidades que são seus moradores – idosos, adultos, crianças e amantes.
Salvador proporciona a seus moradores um belo espaço do Parque da Cidade, uma área que permite aos visitantes poetizarem o ar, o verde, sentirem o chão e, acima de tudo, trazerem mais leveza para a vida.
Em São Paulo se torna uma visita obrigatória ao Parque de Ibirapuera, um espaço alheio ao entorno, em nada se parece com o que é encontrado no outro lado da rua. Nele, águas correntes, muito verde, ar diferente, pode-se pisar no chão. Famílias fazem confraternização, um espaço humanizante, fora, carros, metrô, trens, prédios, asfalto, paralelepípedo, lixo deslizando pelo chão.
Entre as grandes cidades brasileiras, seguramente, Curitiba é a mais bem servida de parques, há muitos e belos na capital paranaense, Tanguá, Barigui, Passeio Público, Tinguí, Passaúna, tem até um Parque para o Papa (Bosque do Papa), entre outros. O mais bonito deles é o Parque Tanguá, ocupa uma área de 235 mil m2, nele há cachoeiras e muitos atrativos recauchutantes para aqueles cansados das selvas de pedras.
As grandes cidades de todo o mundo também têm seus parques, em Mendoza, na Argentina, fica Saint Martin, em Paris, Jardim de Luxemburgo, Vondelpark, Amsterdã ……
Há comum entre os parques a capacidade de atrair habitantes das cidades nas quais estão inseridos e um sem número de turistas também buscam estes espaços por se tratarem de pontos turísticos diferentes.
Valença também tem seu parque, talvez criado não para este fim, certamente apenas por uma vontade de ter algo diferente, mas, hoje é um dos pontos mais visitados com o objetivo de os frequentadores respirarem, fazerem fotos para casamento, fotos para 15 anos, fotos de um ano, fotos para vários fins. Já vi até famílias fazendo piquenique: Parque dos Cavaleiros Romanos.
É bem pequeno, se tiver um pouco mais de 300m², comparando com demais parques de outras cidades, é bem diminuto, mas tem quase tudo que se vê em grandes parques de cidades afora: é muito bem cuidado, com flores, muito verde, bancos para os visitantes sentarem, iluminação noturna e a figura de um cavaleiro romano, um ambiente prazeroso. Nas festas natalinas, o parque recebe uma boa ornamentação identificando a festa, assim também nas festas juninas, ele tem características de todo bom parque, a diferença é o tamanho. É um parque privado, parabéns a seu idealizador que também cuida com muito carinho. Seguramente é o menor parque do mundo.
O Parque dos Cavaleiros Romanos, fica sob os fios de alta tensão da Chesf, mas quem ali frequenta se sente no paraíso.

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