Colunista Joice Vancoppenolle: “Segredos Revelados”





Compartilho aqui, alguns segredos interessantes sobre vinhos. Algumas dicas para serem usadas no dia a dia para o consumo da bebida de Baco.

1- A grande maioria dos vinhos é elaborada com uma ou duas variedades de uva e, com raras excessões, uvas tintas produzem vinhos tintos, e uvas brancas produzem vinhos brancos. O vinho rosé pode ser resultado da mistura de vinhos de uva tinta ou brancas, ou somente de uva tinta.

2- A maioria dos rótulos indica a variedade da uva. Aqueles que não fazem essa indicação são, geralmente, os vinhos tradicionais europeus como o Barolo, o Chianti ou o Bordeaux, cujos rótulos trazem seu lugar de origem.

Assim como um sabor característico, cada varietal indica níveis distintos de tanino e acidez. Esses elementos influenciam no sabor do vinho e se ele é do seu agrado. Nebbiolo, Malbec e Cabernet Sauvignon produzem vinhos com acentuado nível de tanino, ao passo que a Sauvignon Blanc, a Chardonnay sem carvalho e a Grüner Veltiner produzem vinhos que nos lembram a acidez do suco de um limão. Até certo ponto, essas características podem ser influenciadas pelo local do cultivo dessas frutas e pelas técnicas utilizadas pelo produtor, mas é útil conhecermos os níveis de tanino e acidez, e qual varietal produz vinhos compatíveis com nosso gosto.

3- Se você é como eu, suas preferências por vinho variam de acordo com o clima, com as estações do ano e com o que você está comendo. Um vinho mais ácido é refrescante no verão ou como acompanhamento de um prato picante, enquanto um vinho tinto robusto em um dia frio, ou talvez com uma carne grelhada, é mais agradável.

4- Os vinhos mais ácidos são geralmente provenientes de regiões de clima mais frios. Os países mais distantes do Equador, como a Áustria, a Alemanha, o Canadá e a Inglaterra, bem como regiões frias em países de clima quente, como as montanhas do Chile, produzem vinhos com maior acidez ou frescor naturais.

5-   Se você gosta do sabor de baunilha, procure por vinho amadurecido em barricas de carvalho americano. Se aprecia aromas e sabores como pimenta-do-reino preta ou branca, canela ou café, procure pelos  amadurecidos em carvalho francês.

6-  vinhos fermentados ou maturados em barricas de carvalho são melhores que os que utilizam métodos mais baratos como lascas de carvalho, sachês essência. Se o rótulo de um vinho tiver frases como “maturação em carvalho” ou “influência de carvalho” em vez da palavra “barrica”, seu produtor provavelmente fez uso de um desses métodos. As barricas criam um sabor mais integrado.

7-  os vinhos tradicionais do Velho Mundo tendem a ser mais contidos e menos frutados em seu sabor que os do Novo Mundo, que embora sejam muito populares, são conhecidos por alguns críticos como suco alcoólico de fruta. O Velho Mundo inclui as regiões vinícolas da Europa que produzem vinho há séculos. O Novo Mundo diz respeito aos países que iniciaram a produção e a exportação de grandes quantidades nos últimos cem anos, como a América do Norte, a América do Sul e Austrália.

Apesar da tendência de o Novo Mundo produzir vinhos mais frutados que o Velho Mundo, exceções existem. Atualmente, muitos dos produtores do Novo Mundo copiam os vinhos do Velho Mundo quanto ao preço alto. Ao mesmo tempo, o Velho Mundo está produzindo vinhos mais acessíveis no estilo do Novo Mundo: frutados e com o nome da uva em seus rótulos.

Apesar das informações leitor, acima de tudo, confie em seu próprio paladar. Quando degustamos, nossas experiências são únicas; um crítico de confiança pode oferecer orientação, mas acredite em suas papilas gustativas para decidir se vale a pena comprar determinado vinho.

“Quando o vinho entra, os segredos saem.”

Johann Goethe

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