Colunista Joice Vancoppenolle: “A Austrália e seus vinhos”

Neste texto leitor, falarei sobre a Austrália, um país que não conheço ainda, mas que tenho profunda admiração. A Austrália é um país do Hemisfério Sul, localizado na Oceania e banhado pelo Oceano Índico. Um país com temperaturas elevadas no verão e com um inverno frio e seco.
No ano de 1788, com a chegada de um navio inglês com 300 presos e servidores penitenciários, foi fundada a cidade de Sydney. A ordem foi do capitão Arthur Phillip (1738-1814), o qual tornou-se o primeiro governador de New South Wales. Ele ordenou também que a vinicultura, em um clima de tão severa perfeição, pode ser explorada. As cepas trazidas na viagem foram plantadas (onde hoje fica Farm Cove). No entanto, após duzentos anos, é que a vinicultura na Austrália pôde se estabelecer. Nas primeiras décadas, foi consumida excessiva quantidade de rum.
O vinhedo australiano e seus vinhos estão presentes atualmente, na maior parte dos lugares do mundo. A força dos produtores australianos reside em seu dinamismo, sua organização e sua capacidade de elaborar vinhos moldados ao gosto do consumidor. Mas a Austrália produz também grandes vinhos que devem seu catéter ao terroir e a uma reserva impressionante de antigas vinhas.
Em razão de dificuldades ligadas à seca, os vinhateiros australianos procuram assiduamente, há pelo menos duas décadas, climas frescos, mais propícios à produção de vinhos finos. Durante esse período, a Tasmânia, bem como zonas costeiras do extremo sul do país, tanto no estado de Victoria quanto na Austrália Ocidental, viram suas plantações de vinhas progredir rapidamente.
O vinho australiano é o brilho do sol em uma taça. Geralmente oferece um estilo de vinho super maduro que no seu extremo é: ultracarregado de fruta, rico em extrato, potente em álcool, com cor escura e profundamente aromático – o que não é surpresa visto o clima. O vinho autraliano é muito popular, principalmente no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Nova Zelândia, no Canadá e na Alemanha – os cinco países que importam a maioria dos vinhos da Austrália.
Embora a Austrália ocupe um grande espaço entre os maiores países exportadores, ela é o sétimo maior produtor de vinhos por volume, depois da França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Argentina e China.
O vinho australiano tornou-se um sucesso porque a maioria coloca o nome das uvas em seus rótulos, oferece quantidade de sabores de frutas e geralmente é bem acessível. Os críticos argumentam que o vinho não é delicado, desperta pouco entusiasmo e é supermaduro, mas a Austrália é mais do que isso quando você procura pelos seus melhores produtores.
O Wolf Blass Platinum Label Barossa Shiraz 2012 é um belo exemplo do que esse país pode fazer. Esse vinho combina camadas delicadas de frutas silvestres pretas, chocolate, aromas enfumaçados, além de taninos delicados e maduros e carvalho com toques picantes de baunilha que se integram maravilhosamente ao paladar. É produzido para durar.
O Chardonnay Petaluma é um vinho que me atrai pela presença marcante de nectarina, amêndoas e um toque suave de baunilha. Ele é sobretudo uma delicada apresentação dessa uva.
Eis alguns produtores australianos de respeito, apreciador da bebida de Baco: Brown Brothers, Cullen Wines, Wolf Blass, Mitchelton Wines e Petaluma.
“A sabedoria não vem automaticamente com a idade. Nada vem – exceto rugas. É verdade, alguns vinhos melhoram com o tempo, mas apenas se as uvas eram boas em primeiro lugar.” Abigail Van Buren

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