Chuvas na Bahia: cidades devem ser desinfetadas e moradores serão vacinados para evitar doenças após enchentes
As cidades que foram atingidas pelas chuvas no sul e extremo sul da Bahia devem ser desinfetadas e os moradores serão vacinados para evitar doenças após enchentes. Segundo Tereza Paim, secretária estadual da Saúde, um esquema de multivacinação será realizado nos próximos dias, mas o período não foi detalhado.
“[Vamos fazer um esquema de] multivacinação: influenza, hepatite, tétano e Covid também, porque a pandemia ainda está acontecendo. Para além da alimentação, do uso da água, a gente precisa prevenir doenças”, informou.
O secretário de Saúde de Itamaraju, Luiz Fábio Lopes Santos, detalhou quais doenças podem afetar moradores das regiões atingidas por enchentes.
“Com a baixa das águas agora vai ficar a lama, que já tem a questão prejudicial do cheiro. Tem um forte cheiro, que incomoda e pode adoecer. Fora isso, têm as doenças que são pertinentes logo depois das enchentes, como leptospirose, cólera, malária, entre outras”.
Entulhos e lama geram preocupação em cidades atingidas pelas chuvas na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia
As enchentes também danificaram as redes de abastecimento de água. Segundo a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), 15 localidades no extremo sul do estado têm enfrentado problemas .
A dona de casa Silvana Vieira contou que tem buscado água na casa de moradores da região. “Olha só a situação… Tem que lavar prato na casa dos outros, lá em cima, carregando peso na cabeça”.
12 mortes e 220 mil afetados
Casa soterrada após chuvas em Amargosa, interior da Bahia — Foto: Muller Nunes/TV Bahia
Doze pessoas morreram na Bahia em decorrência das chuvas, conforme balanço divulgado pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec), na quarta-feira (15). O estado também contabiliza 267 feridos.
Ao todo 220.297 pessoas foram afetadas pela chuva de alguma forma. As mortes foram registradas em:
- Amargosa (2);
- Itaberaba (2);
- Itamaraju (3);
- Itapetinga (1);
- Macarani (1);
- Prado (1);
- Ruy Barbosa (1);
- Jucuruçu (1).
Até então, os números de pessoas que perderam as casas não foram modificados: 6.371 pessoas ficaram desabrigadas e precisaram de apoio das prefeituras.
Outras 15.199 ficaram desalojadas, o que significa dizer que também tiveram que abandonar seus imóveis, mas não necessitaram de abrigo do município. O número de municípios em situação de emergência ainda não foi alterado e permanece em 51. *G1