Casos de Chikungunya crescem mais de 740% em Salvador

Especialista explica como diminuir as chances de reprodução do mosquito

Os números assustadores dos novos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti preocupa as autoridades de Saúde e população em Salvador. Nos primeiros cinco meses de 2020 a capital baiana registrou um aumento de mais de 740% de casos de Chikungunya quando comparado ao mesmo período do ano passado, com alguns bairros ultrapassando o número de 1000% de aumento. Menor, mas não menos impactante, o número dos casos de dengue subiu mais de 140% entre janeiro e maio deste ano, comparado aos mesmos meses em 2019.

Especialistas apontam que as principais razões do aumento estão relacionadas aos hábitos do mosquito transmissor somadas à mudança de hábitos que as pessoas tiveram que adotar em virtude do isolamento social. Natalie Amorim é diretora técnica da Larclean, empresa baiana especializada em sanitização de ambientes, e explica que com o foco no momento atual, medidas corretivas e preventivas que poderiam manter os índices dentro da normalidade, como visitas de agentes de saúde nas casas, se tornaram mais complicados no momento. Novos casos devem continuar a surgir neste momento, visto que o clima é favorável à reprodução do mosquito, explica a profissional: “O Aedes aegypti é atraído por altos índices de temperatura e umidade, principalmente nos bairros com alta densidade populacional onde o mosquito encontra alvos para alimentação. Questões de infraestrutura de algumas localidades também fazem com que as pessoas tenham hábito de armazenar água, o que acabam tornando-se foco de mosquitos”.

O tempo médio de vida de um mosquito adulto é de 30 dias e durante esse período uma fêmea pode dar origem a 1.500 indivíduos. Para produção de ovos, a fêmea precisa de sangue. Nos bairros com grande densidade populacional e sem medidas corretivas e preventivas, isso pode significar uma grande contribuição para a proliferação dos mosquitos.

O modo de reprodução do mosquito é um dificultador do combate, o que torna ainda mais importante não criar cenários onde ele possa reproduzir. A participação popular é fundamental no combate ao Aedes Aegypti. A diretora da Larclean elenca as principais atitudes que podem diminuir os riscos de reprodução do mosquito:

1- Não deixar água parada em nenhum recipiente: evitar sempre o acúmulo de entulho e materiais em desuso na área externa, que podem acumular água de chuva; manter o reservatório de água sempre fechado e higienizar regularmente;

2- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;

3- Coloque areia nos vasos de plantas: tenha atenção com plantas que podem acumular água;

4- Use telas nas janelas;

5- Deixe as garrafas sempre viradas para baixo;

6- Limpe as calhas e os ralos.

A Larclean atua com saúde ambiental e controle de pragas na Bahia e em Goiás. A empresa oferece soluções para o combate do mosquito Aedes Aegypti. Orçamentos podem ser solicitados pelos contatos 71 3038-5700 na Bahia, e 62 3639-0049 em Goiás. *Ascom

Foto: Freepik

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