Brasileiros buscaram três vezes mais pelo termo ‘ansiedade’ no Google do que a média dos últimos 16 anos

Um levantamento realizado pelo Google mostra que as buscas por termos relacionados a ansiedade no Brasil bateu recorde de interesse em junho deste ano.

Somente neste ano, os brasileiros buscaram três vezes mais pelo termo “ansiedade” do que na média dos últimos 16 anos. Entre janeiro e julho a busca pelo termo foi 191% maior do que a média registrada entre os anos de 2004 e 2019.

  • “como é ter crise de ansiedade” saltou mais de 50 vezes na busca – alta superior a 5.000% – no primeiro semestre de 2020 comparado aos 7 meses anteriores.
  • ansiedade também é um dos assuntos mais buscados com as palavras “como lidar”/ “como controlar” em 2020.
  • também aumentou a frequência de buscas por perguntas relacionadas a luto. “Como lidar com a morte”, por exemplo, subiu 40% entre janeiro e julho de 2020.

Buscas nos Estados Unidos

Um estudo realizado pela Universidade de San Diego, na Califórnia, em parceria com a Universidade John Hopkins encontrou evidências de um aumento de ataques de ansiedade ou pânico em potencial durante a pandemia por meio de pesquisas do Google.

Os cientistas analisaram pesquisas realizadas na plataforma online por americanos que mencionavam os termos “ataque de pânico” ou “ataque de ansiedade” entre janeiro de 2004 a 9 de maio de 2020. Essas consultas incluíam “estou tendo um ataque de pânico?”, “sinais de ansiedade ataque “ou” sintomas de ataque de ansiedade”.

Os pesquisadores estimam que durante os primeiros 58 dias da pandemia, houve um total de 3,4 milhões de pesquisas relacionadas à ansiedade aguda severa nos EUA.

Após o presidente Donald Trump declarar emergência nacional por conta da Covid-19 em 13 de março, as pesquisas relacionadas ao tema alcançaram níveis recordes.

  • os maiores aumentos ocorreram entre 16 de março de 2020 e 14 de abril de 2020.
  • os aumentos coincidiram com a implementação das diretrizes de distanciamento social nacional em 16 de março e sua extensão em 29 de março.

Outros fatores que impactaram para o crescimento das pesquisas sobre o termo foram: os EUA superando a China em relação ao número de casos relatados em 26 de março, a recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) sobre uso de máscaras faciais como medida de proteção em 3 de maio e em 11 de abril quando o país ultrapassou o número de mortes da Itália. *Bem Estar

Foto: reprodução

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