Brasil cria 32 mil vagas de empregos em maio, pior resultado desde 2016

por Folhapress

O Brasil criou 32.140 vagas formais de emprego em maio, o pior resultado para o mês desde 2016, quando foram fechados 72.615 postos de trabalho, indicam dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério da Economia.

O dado veio bem abaixo de estimativas do mercado. A consultoria LCA, por exemplo, previa geração líquida de 78.200 postos. Em maio de 2018, foram geradas 33.659 vagas de emprego.

O resultado também significa uma queda brusca em relação a abril, quando foram criados 130.655 postos, segundo dados ajustados.

No ano, o saldo está positivo em 351.063 vagas, aumento de 0,91% no estoque na comparação com o mesmo período de 2018. Já nos últimos 12 meses, são 474.299 postos criados, alta de 1,24%. No mês passado, foram abertas 1,347 milhão de vagas, ante 1,315 milhão de postos fechados.

Bruno Dalcolmo, secretário do Trabalho, avalia que o número de maio veio em linha com o crescimento dos últimos dois anos, “que obviamente não foram anos de grande desempenho econômico.”

“Mas o crescimento deste ano está em linha com o que a economia vem demonstrando. A gente sabe muito bem que a economia está com dificuldade de alçar maiores voos, de retomar investimentos, de retomar projetos, de retomar construção civil”, afirmou.

Segundo ele, com crescimento de 1% na economia, o volume de empregos criados deve ficar em linha com a geração de vagas de 2018. “Não é muito razoável pensarmos que a economia crescendo 1%, teremos um grande crescimento no saldo de empregos. Mas também não teremos um fechamento no número de empregos desconectado desse crescimento econômico.”

Por setores, a agropecuária abriu 37.373 vagas, com destaque para cultivos de café e laranja. A segunda maior geração veio da construção civil, com 8.459 postos. Já no comércio, foram fechadas 11.305 vagas, enquanto na indústria de transformação o saldo ficou negativo em 6.136.

?Por setores, a agropecuária abriu 37.373 vagas. A segunda maior geração veio da construção civil, com 8.459 postos. Já no comércio, foram fechadas 11.305 vagas, enquanto na indústria de transformação o saldo ficou negativo em 6.136.

Com exceção da região Sul, onde foram fechados 10.935 postos, todas as demais tiveram saldo positivo de geração de emprego. O Sudeste liderou os números, com 29.498.

Em maio, houve um saldo positivo de 7.559 postos de trabalho criados na modalidade intermitente. Um mês antes foram gerados 5.605 empregos formais. Na modalidade parcial, foram criadas 1.377 vagas, o menor número desde janeiro (225).

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