Alta da gasolina causa prejuízos em serviços na Bahia
Por Joberth Melo | Nas Malhas da Lei
Os constantes aumentos nos preços dos combustíveis têm levado aos donos de carros e motos e de empresas a terem prejuízos. A elevação é causada pela nova política de preços, implantada pela Petrobras em 2017, que segue as cotações internacionais.
O empresário Leandro Fonseca é um dos prejudicados. Sua empresa é responsável por formar condutores em Valença e conta com 14 veículos. A empresa teve um aumento de 15% nos recursos destinados aos combustíveis. Na cidade do baixo sul da Bahia, o preço médio da gasolina custa R$ 4,59.
O déficit se torna ainda maior. Mesmo com a elevação nos combustíveis, o preço cobrado pelo serviço da Autoescola Valença congela ou diminui. “Somos obrigados a isso, por causa da política de concorrência”, relata Fonseca.
Em Salvador, os motoristas tiveram um aumento de R$ 0,70 no preço da gasolina no ínicio do mês de maio e chegam a pagar R$ 4,47. Danilo Alves é motorista do aplicativo Uber na cidade e para encher o tanque do seu Chevrolett Classic tem que desembolsar pouco mais que R$ 241. Um aumento de cerca de R$ 37 em relação ao que pagava até o final do mês de abril.
Diferenças entre postos
Os valores da gasolina chegam a ser piores que Valença e Salvador. Os reajustes da Petrobras nas refinarias elevaram ao preço da gasolina a quase R$ 4,90 nas bombas de combustíveis de cidades da Bahia.
A diferença média entre Valença e Salvador é de cerca de R$ 0,10 no preço da gasolina. Porém, a cidade do baixo sul da Bahia chega a ter uma variação de R$ 0,31 entre postos na sede e zona rural.
Preços maiores são observados em postos de combustíveis com bandeira, já que elas que determinam o valor cobrado.
Meios para economizar
O motorista de aplicativo conta também com um sistema de gás natural instalado em seu veículo. Para economizar, ele vem abastecendo o cilindro, que custa cerca de R$ 30 para encher. A economia pode chegar a 50% no custo com combustíveis no final do mês.
Os instrutores da autoescola tem evitado ligar o ar condicionado durante as aulas na tentativa de diminuir o consumo. “Como carro de autoescola é para aprendizagem, o consumo mesmo assim se torna alto, infelizmente”, lembra o empresário.
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Foto: Autoescola Valença