Acidentes domésticos com crianças aumentam em 25% nas férias e médico dá dicas de ação e prevenção

 

Por Catharine Matos

Dezembro é sinônimo de férias para muitos estudantes. Ou seja, quem passou de ano direto e já se despediu da sala de aula, pode aproveitar as merecidas férias escolares. Neste período de relaxamento, recheado de diversão e brincadeiras, vale também um alerta aos pais que têm filhos pequenos: acidentes domésticos aumentam em até 25% nesta época. O dado é do Ministério da Saúde, que também revela que, por ano, mais de 100 mil crianças são hospitalizadas por conta de incidentes em casa. Para o clínico geral da Vitalmed, Guilherme Lazzari, é possível reduzir esses índices com medidas simples.

 

“Cerca de 90% dos acidentes domésticos podem ser evitados com ações educativas e, principalmente, modificações do ambiente físico. Além de monitorar o passo a passo da criança, é imprescindível retirar do alcance alguns objetos como controle remoto, facas e tesouras; líquidos perigosos, a exemplo de álcool, desinfetante e água sanitária; nas janelas é indicado o uso de telas de proteção; nas paredes de casa é necessário vedar as tomadas; é fundamental também ter cuidado com remédios, garrafas de vidro, piscina, dentre outras precauções”, explica Lazzari, ressaltando que quedas, cortes, choques, asfixia, afogamento e queimaduras são os acidentes mais comuns, principalmente na faixa etária de 1 a 14 anos de idade.
Nesses casos, ter noção básica de primeiros socorros pode fazer toda a diferença, antes da chegada do socorro médico especializado. Guilherme Lazzari pontua ainda que é interessante ter em casa produtos de primeiros socorros, como repelente, antialérgico, soro fisiológico, termômetro, esparadrapo, algodão, bolsa para compressa de gelo, ataduras, gaze, álcool etc.

Proteção médica em viagens 

Outra opção de proteção eficaz, sobretudo em época de férias, é a proteção à viagem oferecida ao associado Vitalmed gratuitamente. A Vitalmed é a única empresa baiana vinculada ao Sistema Integrado Brasileiro de Emergências Médicas (SIBEM) e ao Sistema Integrado de Emergências Médicas (SIEM). O vínculo ao SIBEM garante ao associado Vitalmed a proteção em diversas cidades brasileiras através da Rede de Reciprocidade de Serviços, enquanto o vínculo ao SIEM assegura a proteção em várias cidades da América Latina.

 

Na prática, o associado deve entrar em contato com a central de relacionamento, com antecedência mínima de 48 horas da data da viagem, informando local e período de sua estadia. A Vitalmed, por sua vez, encaminhará as informações à empresa parceira responsável pelo serviço no local de destino do associado, que prestará o atendimento nos casos de emergência e urgência médica. Para fazer o chamado, o paciente deve entrar em contato diretamente com a empresa local.

 

 

Dicas de como agir diante das emergências

 

Quedas: o primeiro passo é tentar acalmar a criança, que certamente estará chorando. Feito isso, observe os sintomas, que podem ser feridas superficiais, palidez, vômitos, dores no corpo e desmaios. Se a criança estiver inconsciente ou não conseguir se mover, não é recomendado removê-la do local.

 

Cortes: se forem cortes pequenos, devem ser lavados com água corrente e sabão neutro, de modo que as bactérias não entrem na ferida. Se for um corte de grande dimensão, existindo perda de sangue, pressione a ferida com pano limpo e seco.

 

Queimaduras: nunca usar soluções caseiras como creme dental e manteiga. Use somente água corrente e um pano ou gaze seca, limpa, até chegar o socorro.

 

Choque: Não toque na vítima. Ao invés disso, corte ou desligue a fonte de energia. Na sequência, afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha. Feito isso, chame o socorro imediatamente.

 

Afogamento: a primeira ação é resgatar a pessoa que está na água e colocá-la de lado para expelir o que bebeu. Se não estiver respirando, faça a respiração boca a boca e massageie o tórax da criança, até o socorro chegar. Lembre-se que, para bebês e crianças pequenas, até baldes, banheiras e vasos sanitários podem oferecer riscos.

 

Engasgo ou asfixia: Vire a criança de bruços, apoiando-a na coxa. Na sequência, com uma das mãos, dê palmadas leves nas costas da criança cinco vezes. Caso não funcione, na mesma posição, vire a criança com a barriga para cima e, com os dois dedos maiores da mão, aperte o esterno (parte localizada abaixo do osso que fica entre as costelas) cinco vezes, até que o objeto seja expulso. Importante: se for uma criança maior, não peça para que a vítima levante os braços ou coloque a cabeça para trás; isso só aumentará a obstrução.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Close