Infecção urinária: Urologista alerta para outras doenças que podem acometer os idosos durante a pandemia

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 10% dos homens e 20% das mulheres acima dos 65 anos apresentam o problema. Este número dobra em pessoas com mais de 80 anos.

Diante da situação de pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde orienta que a população siga algumas recomendações, entre elas o isolamento social. Apesar das atenções estarem voltadas ao coronavírus é importante estar atendo aos sintomas de outras doenças e infecções que demandam atendimento médico.

A infecção urinária baixa que afeta a bexiga, também chamada de cistite, é a doença bacteriana mais comum em todo o país e não tem restrição de idade, podendo afetar crianças, adultos ou idosos. No caso dos mais velhos, pode levar a algumas complicações mais sérias.

Para o urologista, Dr. Frederico Mascarenhas, com o passar da idade, a imunidade tende a ser mais baixa e, com isso, a proliferação de microrganismos tende a aumentar. “Muitos idosos sofrem transtornos urinários (incontinência, urgência miccional, idas constantes ao banheiro) por isso precisam usar fraldas geriátricas, o que favorece a proliferação bacteriana e fúngica na região genital. Isso pode aumentar a umidade local”, afirma.

Os sintomas mais comuns são: necessidade de urinar com frequência, ardor ao urinar, dores na bexiga e, em casos mais graves, febre e sangue ao urinar. Porém alguns idosos não apresentam os sintomas mais comuns da infecção e a família ou o cuidador precisam estar atentos. “Eles podem não apresentar esses sintomas e acabam ficando mais sonolentos ou mais agitados. Isso é indício de infecção”, alerta o urologista.

Em caso de suspeita, durante a pandemia, a recomendação é primeiro entrar em contato com o médico. Caso não exista essa possibilidade, é importante se direcionar a uma unidade de atendimento, adotando todos os cuidados recomendados como: uso de máscara, manter o distanciamento social de 2 metros (na sala de espera e dentro do consultório médico) e levar apenas um acompanhante (e se necessário).

O especialista também ressalta a importância de ingerir água diariamente e não deixar de ir ao banheiro quando sentir vontade de urinar. “A ingestão de água faz você ir mais vezes ao banheiro e assim você vai evitar que a bactéria permaneça mais tempo dentro do organismo”, orienta.

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