Percentual de famílias com dívidas em Salvador chega a quase 50% e atinge maior índice desde 2018, diz Fecomércio

O endividamento das famílias de Salvador atingiu quase 50% no mês de abril, sendo o maior índice desde fevereiro de 2018, segundo uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio da Bahia.

Desde março, o taxista Alex Silva sentiu uma queda no número de corridas e o aumento nas dívidas. Preocupado, ele tenta manter a rotina de trabalho para garantir o sustento da casa.

“Minha dívida de março para cá, eu não paguei nenhuma ainda, é assim a gente sai para trabalhar, não tem corrida, não tem passageiro. Rezar a dEus que passe logo essa pandemia para gente voltar ao normal”, disse Alex.

A pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor, feita pela Fecomércio, revelou que o tipo de dívida mais frequente aqui em Salvador é com o cartão de crédito. Ela atinge 89% da população.

Percentual de famílias com dívidas em Salvador chega a quase 50% e atinge maior índice desde 2018 — Foto: Reprodução/TV BahiaPercentual de famílias com dívidas em Salvador chega a quase 50% e atinge maior índice desde 2018 — Foto: Reprodução/TV Bahia

Percentual de famílias com dívidas em Salvador chega a quase 50% e atinge maior índice desde 2018 — Foto: Reprodução/TV Bahia

São 157 famílias que não conseguem pagar os boletos até a data de vencimento. O economista Guilherme Dietze, explica que a mudança tem relação com a pandemia do coronavírus.

“É um momento muito incerto no aumento do endividamento e no aumento do desemprego, o que a gente crê que as famílias não terão condição de pagar esse compromisso do crédito firmado. Então haverá também um aumento da inadimplência, esse é o pior cenário, porque as famílias buscam algumas taxas de crédito taxas de juros elevadíssimas, como cartão de crédito e cheque especial”, explicou Guilherme Dietze.

Para muita gente que viu a renda cair ou perdeu o emprego, a preocupação é como quitar as despesas. O superintendente do Procon Bahia, Filipe Vieira, deu orientações sobre a forma de pagamento das dívidas.

“A palavra de ordem é policiar, é buscar o fornecedor e tentar negociar. Ou que esse pagamento possa ser adiado ou uma forma de diluir a parcela que não pode ser paga nesse momento, ao longo das outras parcelas que vão acontecer durante o ano. Uma orientação muito forte do Procon, é de que ele mantenha o pagamento daquele serviço que ele considera como essenciais, para evitar qualquer tipo de medida que seja restritiva”, orientou Filipe. *G1

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